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BH: uma pessoa é presa após quebrar ônibus durante protestos pela educação

15 out 2013 - 20h24
(atualizado às 21h11)
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BH: vídeo mostra confusão entre polícia e manifestantes:

Cerca de 500 manifestantes fecharam a Praça Sete de Setembro, centro de Belo Horizonte, na tarde desta terça, dia 15. Houve confronto com a tropa de choque da Polícia Militar e uma pessoa havia sido detida até o começo da noite. Bombas de efeito moral e gás lacrimogênio foram utilizados pelos policiais para dispersar o tumulto iniciado por manifestantes mascarados que impediram a passagem de vários ônibus que queriam avançar o bloqueio feito pelos manifestantes.

A manifestação se iniciou por volta das 18h com manifestantes gritando palavras de protesto e fechando dois sentidos da avenida Afonso Penna, em volta do obelisco da Praça Sete. Na medida em que os ônibus se acumularam no trânsito, os motoristas ficaram nervosos e um ônibus da linha 4111 tentou avançar o bloqueio imposto pelos estudantes. Um homem chutou a dianteira do veículo, enquanto outro quebrou um dos vidros laterais, próximo ao motorista, que chegou a discutir com os manifestantes. A polícia conseguiu prender o responsável, mas ele ainda não foi identificado.

Pouco tempo depois, pessoas mascaradas e com os rostos tampados foram tomando conta da linha de frente do protesto. A tropa de choque foi acionada e um tumulto se iniciou, com pedras lançadas de um lado e bombas de gás lacrimogênio e efeito moral lançadas pelos policiais, que entraram em luta corporal com os mais resistentes. Houve um grande corre-corre na Praça, que estava repleta de pessoas que não participavam do protesto e passavam pelo local.

O protesto

O dia dos professores motivou o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) a sair às ruas para dar suporte às reivindicações de professores que cobravam melhores condições de trabalho, aumento salarial, além do plano de carreira para a categoria. "Reivindicamos pelo passe livre, uma melhor educação e contra a repressão da polícia. Estamos dando suporte a um movimento nacional que cobra melhores condições para os professores", afirmou o estudante Lucas Silva, membro do movimento.

Cláudia Simões, professora da rede pública de ensino há 14 anos, também protestou, empunhando a bandeira do MOCLATE (Movimento de Classe dos Trabalhadores da Educação): "Hoje eu quero é dinheiro para a saúde e educação, não quero Copa, não. A escola em que eu dou aula está caindo aos pedaços e precisa urgentemente de mais atenção do governo".

Até o começo da noite a Praça Sete permanecia tomada pelos manifestantes e o trânsito era lento em todas as imediações das avenidas Afonso Penna e Amazonas, coração do centro da capital mineira.

Confira fotos dos protestos pelo Brasil:

Fonte: Especial para Terra
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