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Pesquisa mostra melhora da educação em metrópoles de SP

Números do Atlas do Desenvolvimento Humano ainda mostraram redução das desigualdades

2 jul 2015 - 08h43
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Em dez anos, o acesso à educação melhorou significativamente nas regiões metropolitanas de Campinas, da Baixada Santista e do Vale do Paraíba, em São Paulo. A constatação foi feita a partir da divulgação dos dados detalhados dessas localidades no Atlas do Desenvolvimento Humano nessa quarta-feira (1º)

Apesar de a evolução ter sido mais expressiva nos indicadores de educação, também houve melhora nos outros itens que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Bárbara Marguti, houve ainda redução das desigualdades, tanto dentro das regiões metropolitanas quanto entre as diferentes metrópoles.

“Há avanços em todos os índices e subíndices da plataforma. Observa-se redução das disparidades entre as 20 regiões metropolitanas, entre as sedes das regiões metropolitanas e os IDHs dos municípios do entorno e redução de disparidade nas três dimensões do atlas: longevidade, educação e renda”, ressaltou Bárbara, durante a apresentação do estudo comparativo das quatro regiões. O IDH em educação é definido a partir da escolaridade da população em diferentes faixas etárias.

Para o trabalho, as regiões metropolitanas foram divididas em sub-regiões, de acordo com as características econômicas e sociais. Com base na plataforma do atlas, é possível criar gráficos e mapas comparativos dos diferentes indicadores, tanto por território quanto sobre a evolução no tempo. Os dados vêm do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na Baixada Santista, o IDH geral saiu de 0,7 em 2000 para 0,777 em 2010. O número é considerado alto pela escala do IDH, que vai de 0 a 1. O IDH em educação era de 0,579 (baixo) e evoluiu para 0,72 (alto). Em 2000, Bertioga e Cubatão eram os municípios paulistas com pior IDH (0,634 – médio), enquanto Santos tinha o índice em 0,785. Em 2010, o IDH de Bertioga subiu para 0,73 (alto) e o de Santos, para 0,84 (muito alto). No Boqueirão, área com maior IDH de toda a Baixada, o IDH chega a 0,956 e, nas regiões com pior resultado, como Santa Marina e Vila Sônia, o índice é 0,628.

Em Campinas, o IDH passou de 0,71 em 2000 para 0,792 em 2010. No que se refere à educação, o índice subiu de 0,582 para 0,726. Nas áreas com melhor índice, como Alphaville, Barão do Café e Paineira, o IDH chegou a 0,954. Nos pontos com pior desempenho, como o Residencial São Luís e o Jardim São Sebastião, o índice ficou em 0,636, de acordo com os dados do último censo.

Na região que engloba o Vale do Paraíba e o litoral norte de São Paulo, o IDH evoluiu de 0,701, em 2000, para 0,781, em 2010. Em educação, o índice saiu de 0,592 para 0,732.

Para o secretário estadual de Desenvolvimento Social de São Paulo, Floriano Pesaro, o acesso a esse tipo de informação ajuda a melhorar o desempenho das políticas públicas. “Não temos muito dinheiro, mas isso não é novidade. As políticas sociais, em geral, não têm muito dinheiro. Quanto mais precisas elas forem, no sentido de atenderem as demandas de cada região, de cada família, melhor será o desempenho da política social”, explicou.

Fonte: Agência Brasil
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