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Ativistas invadem aula de medicina com procedimento em animais vivos

24 out 2013 - 18h24
(atualizado às 19h00)
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A Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas) diz ter reconhecido nas imagens do sistema de segurança um ex-funcionário do Centro Cirúrgico, além de outra pessoa ainda sem identificação, como os dois invasores que filmaram parte de uma aula prática de medicina na quarta-feira. O vídeo dos invasores mostra os alunos com um professor realizando traqueostomia em cinco porcos vivos. O procedimento consiste em fazer o "paciente" voltar a respirar quando não pode ser entubado. Após serem flagrados, eles deixaram o local e as cenas gravadas foram parar nas redes sociais. 

O departamento jurídico da universidade está apurando o caso e vai definir o que fará contra as duas pessoas que não são alunos da instituição, segundo José Gonzaga Teixeira Camargo, professor da Faculdade de Medicina e diretor-adjunto do Centro de Ciências da Vida da PUC Campinas, departamento que engloba os 10 cursos da área de saúde da universidade.

Segundo o professor, as duas pessoas estranhas à faculdade se apresentaram como ativistas de proteção animal e são contrários ao uso dos bichos em aula. Camargo falou que eles se aproveitaram das portas abertas do Laboratório de Bases de Técnicas Operatórias para invadir. 

Você sabia: por que os beagles são usados em pesquisas de medicamentos?

"Houve um protesto de sem-teto, que fechou a avenida, e muita gente chegou atrasada, por isso o laboratório estava com as portas abertas para os retardatários", contou. "Quando foi percebido que os dois não eram alunos, os seguranças foram acionados e eles foram convidados a se retirarem", disse. 

De acordo com o professor, o uso de porcos e ratos faz parte do projeto pedagógico e é uma atividade ordinária e aprovado pela Comissão de Ética para Uso de Animais, que está vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O professor explica que os procedimentos são realizados com os animais anestesiados. A faculdade utiliza leitões e ratos criados em laboratório. O animal é aproveitado até ser descartado seguindo as normas técnicas.

Camargo falou que o incidente com os invasores não prejudicou a rotina da aula dentro da faculdade. Não houve tumulto e a ação das duas pessoas não foi percebida no momento, já que é comum a gravação em vídeo da aula com autorização e acompanhamento do professor.

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Fonte: Especial para Terra
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