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Após racismo, Unesp faz reunião aberta para discutir assunto

Reunião ocorre após pichações racistas terem sido encontradas em banheiros do câmpus de Bauru da faculdade na última quinta-feira (23)

31 jul 2015 - 07h50
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A Congregação da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru (SP), órgão máximo da faculdade, fez nessa quinta-feira (30) uma reunião aberta para discutir o racismo na universidade. A reunião ocorre após pichações racistas terem sido encontradas em banheiros da faculdade na última quinta-feira (23), com insultos contra as mulheres negras, o Coletivo Afrodescendente e o professor Juarez de Paula Xavier, coordenador do Núcleo Negro da Unesp.

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Professor Juarez de Paula Xavier, coordenador do Núcleo Negro da Unesp, foi alvo de insultos racistas no câmpus de Bauru
Professor Juarez de Paula Xavier, coordenador do Núcleo Negro da Unesp, foi alvo de insultos racistas no câmpus de Bauru
Foto: Facebook/Reprodução

Na segunda-feira (27), a Faac instaurou uma comissão para investigar os fatos e atos racistas praticados no câmpus de Bauru. Chamada de Comissão de Apuração Preliminar, ela é composta por dois docentes e um servidor técnico administrativo e terá o prazo de 30 dias para concluir o trabalho. A comissão deverá levantar informações, buscar nomes, datas e horários que possam resultar em comprovação de responsabilidade. Os responsáveis pelas pichações racistas poderão ser advertidos verbalmente ou até desligados da universidade.

Na reunião, foi anunciado que um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai acompanhar os trabalhos da comissão. Além disso, foi decidida a elaboração de um documento com propostas de ações afirmativas e o repúdio da universidade ao racismo. Ele será encaminhado ao Conselho Universitário da Reitoria da Unesp e à Assembleia Legislativa de São Paulo até o fim de agosto. A Faac também anunciou que vai intensificar o trabalho de combate ao racismo com uma campanha que será direcionada a todo o câmpus de Bauru e que vai consistir em cartazes, eventos, debates e um vídeo institucional.

Por meio de nota, a Unesp disse, esta semana, repudiar as pichações racistas, “considerando-as um ato contra o estado democrático de direito, a população afrodescendente e a política de inclusão adotada pela Unesp”. 

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Agência Brasil Agência Brasil
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