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Após pancadaria, deputados do CE aprovam piso dos professores

Após pancadaria, Assembleia do CE aprova piso dos professores

29 set 2011 - 17h01
(atualizado às 18h20)
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Omar Jacob
Direto de Fortaleza

Os deputados estaduais do Ceará aprovaram na tarde desta quinta-feira, em caráter de urgência, o projeto de lei do governo do Estado que estabelece um salário base de R$ 1.187 para os professores de nível básico, equiparando ao piso nacional da categoria para uma jornada de 40 horas. A votação aconteceu em meio a protestos dos docentes, que entraram em confronto com agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Foram 36 votos a favor e apenas quatro contrários a proposta do governador Cid Gomes (PSB). O projeto de lei foi aprovado sem ter sofrido alterações e agora deve seguir para sanção do chefe do executivo estadual.

A votação aconteceu enquando do lado de fora os agentes polícia usavam gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra os professores. Pela manhã o Batalhão de Choque foi acionado quando os manifestantes ameaçaram invadir o plenário, onde os deputados discutiam o projeto de lei.

Os professores arremessaram caixas, quadros e outros objetos que estavam depositados nas galerias da Assembleia contra os policiais. Dois dos manifestantes ficaram feridos no confronto e foram socorrido ainda na casa legislativa. Cinco docentes também foram detidos durante a manifestação.

A ocupação da Assembleia Legislativa começou na quarta-feira, quando os professores foram informados sobre o projeto de lei do governo que supostamente dividiria a categoria em duas. Desde então dezenas de trabalhadores acamparam no local e três deles fazem greve de fome. Apesar do projeto aprovado determinar o pagamento do piso, o presidente do sindicato que representa os educadores, Anizio Melo, disse que a ocupação no prédio da Assembleia Legislativa deve continuar até amanhã, quando a categoria se reúne em uma nova assembleia geral para decidir os rumos do movimento para a semana que vem.

Greve

A categoria está em greve desde o dia 5 de agosto e já realizou dezenas de protestos pelas ruas de Fortaleza. No dia 26 de agosto, o desembargador Emanuel Leite Albuquerque, do Tribunal de Justiça do Ceará, determinou pela primeira vez a suspensão de greve dos professores sob pena de multa de R$ 10 mil ao sindicato da categoria e de desconto dos dias não trabalhados aos professores.

O sindicato recorreu da decisão, mas no último dia 19 o desembargador voltou a ordenar a suspensão do movimento. Apesar da ordem judicial, a categoria decidiu na última sexta-feira permanecer em greve.

Fonte: Especial para Terra
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