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Apenas DF e SP têm índice alto de desenvolvimento em educação

Dados divulgados pelo Pnud mostram que a educação é o indicador de desenvolvimento com o menor valor absoluto no Brasil

29 jul 2013 - 15h58
(atualizado em 2/8/2013 às 16h52)
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<p>O indicador de educa&ccedil;&atilde;o &eacute; o que mais desafia os munic&iacute;pios</p>
O indicador de educação é o que mais desafia os municípios
Foto: UFRGS / Divulgação

Nas últimas duas décadas, o índice de desenvolvimento da educação no Brasil passou de 0,279 para 0,637, um aumento de 128% de 1991 para 2010. No entanto, o indicador de acesso ao conhecimento (que junto com a renda e a expectativa de vida compõem o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros) é o que apresenta o menor valor absoluto, e está longe do nível de excelência. Nenhuma das unidades da federação atingiu nível de educação considerado "muito alto" pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Apenas Distrito Federal e São Paulo apresentam patamar considerado alto, de 0,742 e 0,719, respectivamente.

Todos os outros Estados foram considerados com médio ou baixo índice de desenvolvimento na educação, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Pnud. Os piores resultados foram de Maranhão, com índice de 0,562, e de Alagoas, com 0,520. Para medir o índice educacional, são considerados dados de escolaridade da população adulta e a inclusão de crianças e jovens na escola.

Entre os mais de 5,5 mil municípios, apenas cinco foram classificados como de muito alto desenvolvimento em educação: Águas de São Pedro (SP), São Caetano (SP), Santos (SP), Vitória (ES) e Florianópolis (SC). A primeira colocada alcançou um indicador de 0,825. Segundo o Pnud, Águas de São Paulo tem 100% das crianças de 5 e 6 anos frequentando as escolas e 74,64% dos jovens entre 18 e 20 anos possuem o ensino médio completo.

Na ponta oposta está a cidade paraense de Melgaço, com pior índice de desenvolvimento da educação do País: 0,207. No município, que também tem o pior IDHM geral do Brasil, 58,68% das crianças entre 5 e 6 anos frequentam a escola e apenas 5,63% dos jovens entre 18 e 20 anos conta com o ensino médio completo.

Evolução da educação

Apesar das dificuldades, o indicador de educação foi o que mais avançou neste últimos vinte anos. Segundo o Pnud, isso se deve, principalmente, ao aumento do fluxo escolar de crianças e jovens - que cresceu 156% nesse período. De 1991 a 2010 a população adulta com ensino fundamental concluído passou de 30,1% para 54,9%. Crianças de 5 a 6 anos frequentando a escola passou de 37,3% para 91,1%. Jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental passou de 36,8% para 84,9%. Jovens de 15 a 17 anos com fundamental completo passou de 20% para 57,2%.

No entanto, 40% dos jovens nesta faixa ainda não têm fundamental completo. O percentual de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo passou de 13 para 41%, um grande avanço, mas que evidencia que mais de metade deles ainda não concluíram a educação básica ou estão fora da escola.

O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável (longevidade), ter acesso a conhecimento (educação) e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas (renda). O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

Posição Estado IDHM educação
Distrito Federal 0,742
São Paulo 0,719
Santa Catarina 0,697
Rio de Janeiro 0,675
Paraná 0,668
Rio Grande do Sul 0,642
Espírito Santo 0,653
Goiás 0,646
Minas Gerais 0,638
10º Mato Grosso 0,635
11º Mato Grosso do Sul 0,629
12º Amapá 0,629
13º Roraima 0,628
14º Tocantins 0,624
15º Ceará 0,615
16º Rio Grande do Norte 0,597
17º Rondônia 0,577
18º Amazonas 0,561
19º Pernambuco 0,574
20º Sergipe 0,560
21º Acre 0,559
22º Bahia 0,555
23º Paraíba 0,555
24º Piauí 0,547
25º Pará 0,528
26º Maranhão 0,562
27º Alagoas 0,520
Fonte: Terra
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