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Aluno envolvido em 'rodeio das gordas' é condenado a pagar R$ 20 mil

O estudante é acusado de criar página na internet para estimular uma bricadeira com jovens gordas na Unesp

15 mai 2013 - 10h04
(atualizado em 17/5/2013 às 14h05)
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A polêmica envolveu alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A polêmica envolveu alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Foto: Getty Images

O Ministério Público de São Paulo garantiu decisão favorável na Justiça em ação civil pública contra um estudante da Universidade Estadual Paulista (Unesp) responsável pela criação de uma página na internet sobre o "rodeio das gordas", na qual outros alunos eram estimulados a agarra e montar em jovens obesas durante jogos da universidade. O estudante foi condenado a pagar 30 salários mínimos - o que corresponde a R$ 20,3 mil - como indenização por dano moral.

De acordo com o MP, outros dois jovens envolvidos na criação da página no Orkut fizeram um acordo em 2011. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com o MP e eles pagaram 20 salários mínimos em cestas básicas, cada um, a três instituições filantrópicas.

O terceiro envolvido se recusou a fazer o acordo com o MP e foi processado por dano moral coletivo. A ação tramitou na 2ª Vara Cível de Araraquara. O recurso será repassado ao Fundo Estadual de Interesses Difusos Lesados.

Rodeio das gordas

O rodeio das gordas foi criado em outubro de 2010, durante o Interunesp, evento esportivo que reúne anualmente universitários da Unesp e que, naquele ano, foi realizado em Araraquara. Após seu encerramento, foi criada uma página no Orkut onde eram estabelecidas regras para as próximas edições do "torneio", bem como a premiação para os que fossem os melhores "montadores de gordas".

Segundo o MP, a conduta dos universitários expôs "à situação humilhante e vexatória inúmeras alunas participantes do evento, exclusivamente porque não correspondiam aos padrões de peso considerados ideais". O MP considerou que eles praticaram violência contra a mulher, infringindo os conceitos e preceitos da Lei Maria da Penha.

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Fonte: Terra
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