É cedo para fazer previsões sobre gripe suína, diz Temporão
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, admitiu nesta terça-feira que o governo brasileiro não tem como fazer previsões confiáveis sobre o vírus H1N1, responsável pela transmissão da gripe suína.
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De acordo com o ministro, que participa de audiência pública no Senado Federal, a comunidade científica internacional e a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda monitoram - desta vez, ao contrário de outras doenças, em tempo real - eventuais mutações e mudanças de características do vírus da Influenza A.
"Há muita especulação e pouca certeza. Sabemos alguma coisa sobre a doença, mas ignoramos muitas outras coisas", declarou José Gomes Temporão. "É muito cedo para fazer previsões refinadas sobre o que vai acontecer."
Ao explicar as iniciativas que o governo brasileiro tomou para conter a expansão do vírus da gripe suína, o ministro observou que "pela primeira vez na história temos oportunidade de acompanhar praticamente uma doença, como surge e como se alastra".
"(Hoje se) Permite monitoramento praticamente em tempo real, número de casos e numero de óbitos. O que antes era necessário primeiro consolidar, você tem praticamente em tempo real, (...) e a OMS divulga boletim se está mudando características", afirmou.
Atualmente, a letalidade do H1N1 no mundo se aproxima de 1%. Nesta manhã, Temporão confirmou que subiu de 22 para 34 o número de casos de pessoas suspeitas de estarem com o vírus da gripe suína no Brasil.
Ainda de acordo com o ministro, 22 Estados registraram casos suspeitos de gripe suína, sendo que 29 pessoas estão em monitoramento e oito casos foram confirmados. Até o momento, 166 casos foram descartados desde as 237 análises laboratoriais feitas pelas entidades cadastradas pelo governo federal.