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Mundo

Diretor adjunto da OMS defende gestão da gripe suína

26 jan 2010 - 10h50
(atualizado às 11h13)
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O diretor adjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS), Keiji Fukuda, se defendeu nesta terça das críticas sobre as medidas adotadas contra a gripe suína e assegurou que o número de crianças que morreram por ela é três vezes maior que o de crianças que morreram pela gripe sazonal.

Durante uma audiência pública realizada nesta manhã pela Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa sob o título "A gestão da pandemia H1N1: é preciso mais transparência?", Fukuda reconheceu que "nossa resposta não foi perfeita", mas acrescentou que a OMS tem de "impedir que milhares de pessoas morram".

"O número de crianças que morreram pela gripe A é três vezes maior que o número das que morreram pela gripe sazonal", declarou o diretor da OMS.

As opiniões de Fukuda foram apoiadas pelo membro do grupo de fabricantes europeus de vacinas Luc Hessel, que destacou que pela primeira vez na história as vacinas "existiam pouco após ser declarada a pandemia", graças ao "esforço" da indústria e à experiência das pesquisas durante 60 anos.

Já o parlamentar e médico alemão Wolfang Wodarg criticou duramente a mudança de definição de pandemia, que a OMS fez no ano passado, assim como a relação existente entre a entidade e as empresas privadas.

Para Wodarg, as crianças "foram vacinadas inutilmente" com vacinas que só foram testadas em adultos. Além disso, alertou sobre o risco de casos de câncer em alguns desses menores, devido à célula cancerígena que, assegurou o deputado alemão, contém uma das proteínas da vacina Optaflu do laboratório Novartis.

O diretor do Centro de colaboração da OMS para as epidemias no Instituto de Epidemiologia da Universidade de Münster, Ulrich Keil, apoiou os argumentos de Wodarg e assegurou que os adultos não se infectam pelo vírus H1N1 porque este já existia há 40 anos. Keil afirmou que soldados americanos voltaram da Guerra do Vietnã com a gripe suína asiática, que era a mesma que a gripe A.

No entanto, Fukuda negou essa afirmação e assegurou que o vírus N1H1 "nunca tinha sido visto antes" e tem genes da gripe suína, aviária e humana.

EFE   
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