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Depoimento de PMs suspeitos de assassinar jovem é adiado

23 jul 2014 - 12h19
(atualizado às 12h20)
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O depoimento dos dois policiais militares suspeitos de matar um jovem e tentar matar outro no Morro do Sumaré, no dia 11 de junho, que seria realizado nesta terça-feira, foi transferido para a sexta-feira. Os cabos Fábio Magalhães Ferreira e Vinícius Lima Vieira foram flagrados pelo sistema de câmeras instalado na viatura, que mostra como eles agiram até o assassinato do adolescente Mateus Alves, 14 anos. 

Os policiais foram até a Delegacia de Homicídios e solicitaram formalmente ao delegado Rivaldo Barbosa para serem ouvidos na presença de seus advogados, pedido aceito pelo titular da DH. Barbosa pretende esclarecer pontos que não ficaram claros e entender o que aconteceu com as imagens das câmeras de segurança do carro dos policiais.

Os policiais estão presos na Unidade Prisional da Polícia Militar. A imagens, divulgadas no domingo pela Rede Globo, registraram a ação da dupla de policiais desde o momento em que capturaram as duas vítimas próximo ao camelódromo da rua Uruguaiana, no centro do Rio, além de um terceiro jovem, que havia testemunhado a abordagem.

Ao chegarem ao Morro do Sumaré, em meio à Floresta da Tijuca, os policiais mandaram os três saírem da viatura, mataram Mateus com um tiro de fuzil e atiraram contra o segundo adolescente, que foi atingido, mas sobreviveu após se fingir de morto, e, posteriormente denunciou o caso à polícia. O terceiro jovem foi liberado e ainda ganhou uma carona dos policiais, que nas imagens não aparentam qualquer remorso pelos crimes praticados.

Segundo a PM, as imagens não foram perdidas e são descarregadas através de uma rede Wi-Fi dos Batalhões, onde um conjunto de servidores identificam e armazenam por 60 dias as imagens. "O sistema de câmeras das viaturas funciona sem qualquer ingerência humana, os operadores não tem nenhuma gerência no sistema. Ele é preparado para funcionar com a viatura ligada, pois depende da energia da bateria do carro. A partir do momento que a viatura é desligada, alguns minutos depois, o sistema desliga em razão do consumo de energia. Se mudarmos a configuração do sistema, corremos o risco de o carro ficar parado o suficiente com a câmera ligada e descarregar a bateria da viatura", afirmou a corporação em nota.

Os dois policiais militares foram indiciados por homicídio, tentativa de homicídio e ocultação de cadáver. Além disso, foi instaurado inquérito para investigar o desaparecimento do terceiro jovem, que foi liberado pelos policiais próximo aos Arcos da Lapa.

Fonte: Terra
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