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Dependência pode estar ligada a proteína, diz estudo

9 out 2010 - 18h11
(atualizado às 18h44)
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O laboratório de neurociências do serviço de psiquiatria do Hospital Universitário 12 de Outubro de Madri, em colaboração o Centro de Pesquisa Biomédica em Rede de Saúde Mental (Cibersam), descobriu a participação de uma nova proteína na predisposição a dependências. A Comunidade Autônoma de Madri informou neste sábado que se trata da proteína do gene ANKK1, segundo os resultados de um estudo publicado na revista científica

Biological Psychiatry

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Segundo a pesquisa, a nova proteína, relacionada com o marcador genético TaqIA, atua no sistema nervoso central adulto - tanto em humanos quanto em ratos - e durante o desenvolvimento neurológico. O marcador genético TaqIA é o fator biológico mais estudado na predisposição ao alcoolismo e a outras dependências.

Segundo a pesquisadora Janet Hoenicka, "em 2004 se descobriu que este marcador estava dentro do gene ANKK1 - e não dentro do DRD2 como se achava" e até a publicação de seu trabalho "ninguém tinha descrito sua funcionalidade, nem achado a proteína".

Segundo os pesquisadores, além de ter identificado a nova proteína, o estudo também mostrou sua localização no espaço e o tempo. "Agora sabemos que a proteína ANKK1 está em umas células cerebrais que estão presentes não só no cérebro adulto, mas também no período embrionário. Estas células assumem um elevado número de funções fundamentais na atividade nervosa".

Isto significa que já nos primeiros momentos do desenvolvimento do sistema nervoso central poderia começar a se configurar a predisposição do indivíduo a diversas patologias relacionadas ao comportamento, "como são as dependências a substâncias", e "inclusive a outros transtornos mentais", disse.

A pesquisadora ressaltou que "a descoberta da proteína é a peça que faltava para uma melhor compreensão da relação entre o marcador deste gene e estes transtornos psiquiátricos".

EFE   
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