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Ásia

Coreia do Sul diz que "ataque inesperado" afundou navio

4 mai 2010 - 05h39
(atualizado às 07h43)
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A Coreia do Sul afirmou nesta terça-feira que um "ataque inesperado" afundou em março um de seus navios de guerra perto da fronteira entre as Coreias, o que aumenta a tensão com seus vizinhos do Norte em meio à enigmática visita do líder do país comunista, Kim Jong-il, à China.

Homem lê mensagens deixadas para os marinheiros mortos no naufrágio do navio de guerra sul-coreano Cheonan
Homem lê mensagens deixadas para os marinheiros mortos no naufrágio do navio de guerra sul-coreano Cheonan
Foto: Reuters

Em reunião sem precedentes da cúpula do Exército sul-coreano presidida pelo chefe de governo, Lee Myung-bak, o titular da Defesa, Kim Tae-young, afirmou que o afundamento da embarcação "Cheonan" em 26 de março representou um "dia de vergonha".

Para Kim, o fato foi um "ataque inesperado" que evidenciou uma falha na segurança nacional, mas evitou culpar diretamente a Coreia do Norte, esperando o encerramento das investigações.

Como resposta às críticas aos militares pelos erros do sistema de defesa após o incidente, o presidente sul-coreano prometeu uma reforma da segurança nacional, com a criação de um novo organismo dedicado a isso.

Também assegurou que a embarcação "não afundou por um simples acidente", e disse que seu país precisa tomar "medidas claras e firmes" assim que for esclarecida a causa do afundamento.

O navio, de 1.200 toneladas, afundou depois que foi partido em dois por uma explosão cujas causas não foram identificadas, provocando a morte de 46 de seus 104 tripulantes.

As primeiras investigações mostraram a que a explosão teve origem externa e pode ter sido causada por um torpedo, o que reforçaria a tese de uma possível participação norte-coreana.

A reunião extraordinária da cúpula militar sul-coreana coincidiu com a viagem à China de Kim Jong-il, que, segundoa imprensa sul-coreana, chegou segunda-feira à cidade portuária de Dalian de trem e na terça partiria rumo a Pequim para se reunir com o presidente da China, Hu Jintao.

EFE   
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