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Ásia

Coreia do Norte propõe ao Sul novos encontros de famílias

11 set 2010 - 00h01
(atualizado às 07h17)
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A Coreia do Norte propôs à Coreia do Sul retomar ainda este mês as reuniões temporárias de famílias separadas pela guerra entre as duas nações nos anos 50, segundo informou neste sábado a agência oficial norte-coreana "KCNA".

A iniciativa foi proposta na sexta-feira pela Cruz Vermelha da Coreia do Norte ao mesmo organismo da Coreia do Sul, e permitiria retomar encontros que foram realizados pela última vez há um ano.

As autoridades norte-coreanas ofereceram a Seul a possibilidade de as delegações da Cruz Vermelha dos dois países se reunirem em breve para organizar os encontros.

Um porta-voz do Ministério sul-coreano de Unificação disse neste sábado que a Cruz Vermelha do país recebeu com boa vontade a proposta norte-coreana, segundo a agência local "Yonhap".

O Governo da Coreia do Norte quer que as reuniões aconteçam na semana festiva de Chuseok, no dia de Ação de Graças coreano, celebrado no dia 22, no monte norte-coreano de Kumgang, ao norte da protegida fronteira.

A proposta de Pyongyang acontece quando as relações com a Coreia do Sul atravessam fortes tensões por conta do afundamento em março de um navio de guerra sul-coreano, em incidente que causou 46 mortes, e que, segundo Seul, foi causado por um torpedo lançado por um submarino norte-coreano.

A divisão da península ao término da Guerra da Coreia (1950-53) separou também milhares de famílias. Esses encontros contam com idosos que não puderam ver seus parentes por mais de meio século.

O último encontro de famílias separadas aconteceu setembro de 2009, também na semana de Chuseok.

As reuniões de famílias separadas começaram em 2000, após a histórica cúpula em Pyongyang entre o então presidente sul-coreano, Kim Dae-jung, e o líder norte-coreano, Kim Jong-il.

Durante esta década houve 17 encontros, que permitiram o reencontro de cerca de 20 mil pessoas dos dois lados da fronteira.

EFE   
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