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Congresso do partido da Coreia do Norte começa envolto em secretismo

6 mai 2016 - 06h16
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Reunião do Partido dos Trabalhadores que não é realizado desde 1980 tem como objetivo confirmar status de Kim Jong-un como herdeiro legítimo da dinastia Kim. Autoridades não divulgaram duração e número de participantes.

Começou nesta sexta-feira (06/05) em Pyongyang o 7º Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte – importante evento realizado pela última vez há 36 anos. Espera-se que o congresso resulte em decisões políticas e econômicas que devem definir o futuro do regime.

O início do evento foi marcado pelo habitual secretismo por parte das autoridades e dos meios de comunicação locais, que não publicaram sequer o aguardado discurso de abertura de Kim Jong-un. A fala do líder do país será transmitida nesta noite pela televisão estatal KCTV e deve ser chave para a direção que o Partido dos Trabalhadores seguirá a partir de agora. As autoridades também não divulgaram a duração e o número de participantes do congresso.

O evento atraiu cerca de 130 jornalistas estrangeiros, que foram convidados para cobrir o evento, mas não foram autorizados a entrar na Casa da Cultura 25 de Abril, onde é realizado, sendo obrigados a observar os acontecimentos a uma distância de 200 metros.

O último congresso do tipo foi realizado em 1980, quando o fundador e então líder do país, Kim Il-sung, anunciou que o filho Kim Jong-il lhe sucederia no cardo, colocando em marcha a primeira dinastia comunista da história.

Programa nuclear

O congresso, que pode durar três ou quatro dias, é celebrado num momento de tensão entre o regime norte-coreano e a comunidade internacional, após Pyongyang realizar seu quarto teste nuclear e lançar um míssil a partir de um submarino. Especula-se que o regime possa ter preparado outro teste nuclear para coincidir com o congresso.

O principal objetivo do evento do Partido dos Trabalhadores é confirmar o status de Kim Jong-un – que chegou ao poder em 2011, com menos de 30 anos de idade – como herdeiro legítimo da dinastia Kim, no comando do país há quase sete décadas.

No congresso, devem ser confirmadas a doutrina política byungjin, de desenvolvimento de armas nucleares, e novas diretrizes econômicas para o país, que enfrenta duras sanções internacionais. Também devem ser eleitos os novos membros do comitê central. Acredita-se que Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, possa estar entre os nomeado de peso.

LPF/lusa/efe/afp

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