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Confira as 10 melhores imagens do espaço em 2009

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Os "olhos" das principais agências espaciais do mundo - telescópios no espaço e observatórios na Terra equipados com tecnologias que envolvem milhões de dólares - descobrem anualmente centenas de objetos cósmicos que intrigam os cientistas. Nebulosas das mais variadas cores, galáxias de formatos distintos, buracos negros de causar espanto e estrelas cintilantes que fazem do universo um jogo de luzes emocionante, estão entre os corpos celestes catalogados pelo ser humano. O Terra fez uma seleção com as melhores imagens do espaço que marcaram o ano de 2009:

A nebulosa Caranguejo, localizada na constelação de Touro, é considerada como "ícone cósmico" para os astrônomos
A nebulosa Caranguejo, localizada na constelação de Touro, é considerada como "ícone cósmico" para os astrônomos
Foto: Nasa / Divulgação

10 - "Metrópole cósmica"

A "metrópole cósmica" batizada de NGC 604 é uma formação composta por milhares de estrelas que está separada em duas regiões por uma enorme parede de gás semelhante a um escudo. A NGC 604 é dividida em "bairros", onde residem cerca de 200 mil estrelas jovens e quentes, com grandes quantidades de massa.

9 - Maior aurora boreal do Sistema Solar

A sonda espacial Cassini detectou auroras boreais na atmosfera de Saturno que, de acordo com os cientistas, seriam as maiores já observadas no Sistema Solar. Imagens captadas pela Cassini mostraram as cortinas com cerca de 1,2 mil km de largura - o dobro maiores que as registradas na Terra -, localizadas sobre o hemisfério norte do planeta. As auroras boreais são fenômenos ópticos que brilham em regiões próximas às zonas polares dos planetas.

Na Terra, o fenômeno ocorre por causa do impacto de partículas oriundas da magnetosfera - bolha magnética que rodeia um planeta - que se introduzem na atmosfera superior terrestre.

8 - "Esqueleto cósmico"

Uma gigantesca concentração de galáxias, que se localiza a sete bilhões de anos-luz da Terra, foi descoberta por uma equipe de pesquisadores do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). As galáxias estão interligadas através de filamentos, com milhões de anos-luz de extensão, criando gigantescas estruturas que assemelham a formação a uma espécie de "esqueleto cósmico", segundo os astrônomos. O achado foi possível graças à combinação de dados dos telescópios VLT, no deserto do Atacama (Chile), e do Subaru, no Observatório Mauna Kea (Japão).

7 - Buraco supermassivo

O NGC 5128, um buraco negro supermassivo, foi descoberto pela Nasa na galáxia Centaurus A, vizinha da Terra. Os jatos de raio-X expelidos pelo NGC 5128 se estendem por cerca de 13 mil anos-luz de distância a partir dele e estima-se que este material brilhoso esteja viajando com uma rapidez equivalente à metade da velocidade da luz (mais de 500 mil km/h).

6 - "Mão cósmica"

O satélite espacial Chandra X-ray, da Nasa, fotografou em abril um pulsar - estrela de nêutrons pequena e densa - que possui o formato semelhante a uma grande mão. A "mão cósmica", catalogada como PSR B1509-58, fica na região central de uma nebulosa planetária com mais de 150 anos-luz de extensão. Este pulsar surpreendeu os astrônomos pela gigantesca energia - a força gravitacional é cerca de 15 trilhões de vezes maior que a do nosso planeta.

5 - Galáxia misteriosa

Ainda um mistério para astrofísicos, a evolução das formas das galáxias espirais levaram os astrônomos a estudar a estrutura da galáxia NGC4710. Fora dos padrões convencionais de galáxias, a NGC4710 apresenta uma fraca, quase imperceptível, estrutura em forma de "X", que se desenvolve a partir do centro do corpo da formação.

Essa característica - que os astrônomos chamam de "protuberância em forma de amendoim" - ocorre devido aos movimentos verticais das estrelas na borda da galáxia e só é evidente quando a galáxia é vista de lado. Este formato curioso é muitas vezes observado em galáxias espirais com pequenos corpos e grandes braços, mas é menos comum em galáxias com braços menores e 'barriga' mais proeminente, como a NGC4710.

4 - "Pequeno apressadinho"

Em setembro, o CoRoT-7b, menor exoplaneta conhecido pelos ceintistas - e que também possui o título de órbita mais rápida do universo - foi registrado na constelação de Monoceros (o Unicórnio), em torno de uma estrela principal. Medições feitas pela ESO indicam que o CoRoT-7b tem uma massa equivalente a cinco vezes à da Terra. Além disso, os pesquisadores afirmaram que a densidade do exoplaneta é bastante semelhante à do planeta azul, sugerindo uma superfície sólida e rochosa.

3 - "Vovó estelar"

Cientistas detectaram em outubro a estrela mais distante e antiga encontrada até agora, confirmando que os corpos celestes já existiam quando o universo era apenas um jovem de 600 milhões de anos. A "vovó estelar" supermassiva, centenas de vezes maior que o Sol, explodiu há 13 milhões de anos, gerando uma imensa radiação cujo último raio de luz chegou à Terra apenas neste ano.

A descoberta mostra que estrelas maciças começaram a se formar somente 630 milhões de anos depois do Big Bang - o instante do nascimento do universo há 13,7 bilhões de anos. A forte emissão de raios gamas expelidas pela estrela, o fenômeno mais violento e luminoso do universo, gerado por um corpo cósmico ao final de sua vida, foi detectado pelo satélite americano Swift, da Nasa, e por telescópios terrestres.

2 - Nebulosa borboleta

A "nebulosa borboleta", com um formato que lembra as asas desse inseto, foi registrada em setembro pelo telescópio Hubble dentro da Via Láctea - a galáxia da Terra -, a cerca de 3,8 mil anos-luz da constelação de Escorpião. A nebulosa se estende por mais de dois anos-luz, que é aproximadamente a metade da distância do Sol à estrela mais próxima, Alfa Centauri. Também chamada de NGC 6302, a "borboleta" é, na verdade, um "caldeirão" turvo de gás aquecido a mais de 20 mil°C, que viaja através do espaço a uma velocidade superior a 965 mil Km/h - rápido o suficiente para viajar da Terra à Lua em 24 minutos.

1 - Nebulosa caranguejo

A nebulosa Caranguejo (nuvem de poeira, hidrogênio e plasma), localizada na constelação de Touro, é um poderoso gerador cósmico capaz de produzir energia equivalente a 100 mil vezes a taxa do Sol - a principal estrela do Sistema Solar. Uma imagem da intensa atividade registrada no interior da formação estelar, captada a partir de dados enviados pelas sondas espaciais Chandra X-ray, Hubble e Spitzer, foi divulgada recentemente pela Nasa.

Os cientistas explicaram que, há mil anos, a morte de uma estrela (também conhecida como supernova) criou uma gigantesca explosão que culminou com o nascimento de um objeto denso, chamado estrela de nêutrons. As partículas expelidas por este corpo cósmico possibilitaram o surgimento da nebulosa Caranguejo, considerada pelos astrônomos como um "verdadeiro ícone cósmico".

Fonte: Redação Terra
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