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El Niño 2015 é o mais forte

Saiba como está a temperatura do Pacífico

26 out 2015 - 22h57
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Este boletim é atualizado semanalmente, às segundas-feiras, e analisa a temperatura e a anomalia da temperatura da água do mar na região onde ocorrem os fenômenos oceânicos globais El Niño e La Niña. Os dois fenômenos são observados na porção central equatorial do Oceano Pacífico. Este região é usualmente denominada região Niño 3+4 ou Niño 3.4.

Foto: Climatempo

Entenda as siglas e termos

TSM:  temperatura superficial da água do mar

ENOS: El Niño – Oscilação Sul

Anomalia de temperatura: – diferença entre a temperatura observada real e um valor médio de referência, normalmente a média histórica de 30 anos. A anomalia é positiva quando a temperatura real fica acima do valor médio. A anomalia é negativa quando a temperatura real fica abaixo da média.

Onde ocorre o El Niño?

O El Niño é caracterizado por uma anomalia positiva de pelo menos 0,5°C, por três trimestres consecutivos e ininterruptos. A La Niña é caracterizada por uma anomalia negativa de pelo menos 0,5°C no mesmo período

Análise semanal da anomalia da TSM na região Niño 3.4

As condições atuais da anomalia da TSM no Pacífico Equatorial indicam a presença do fenômeno El Niño. No período de 17 a 24 de outubro de 2015, a anomalia da TSM na região Niño 3.4 estava positiva e variando entre 2,0°C e 3,0°C acima da média numa grande área oceânica, caracterizando o fenômeno El Niño.

A tendência de águas com anomalia acima dos 2°C vem se mantendo há várias semanas. Em relação ao período de 9 a 16 de outubro de 2015 (mapa abaixo), nota-se que a anomalia da TSM aumentou na porção leste da região Niño 3.4. É possível perceber a expansão de uma bolha mais quente, com anomalia entre 3,0°C e 4,0°C na região entre 140W e 120W.

 Segundo a análise da NOAA/EUA, atualizada em 26 de outubro de 2015, a média da anomalia da TSM na região Niño 3.4 no última semana foi de 2,5°C positiva. Houve um aumento de 0,1°C em relação ao divulgado na semana anterior, em 21 de outubro de 2015 . Este é o maior valor de anomalia registrado até agora fazendo com que o El Niño de 2015 seja o mais forte já observado. Na região Niño 1+2, próxima à costa do Peru e do Equador,  a anomalia da TSM foi de 2,2°C. Houve uma diminuição em ralação à semana passada, quando a anomalia estava em 2,5°C. Na região Niño 3.0 a anomalia foi de 2,6°C.

Anomalia da temperatura subsuperficial do Pacífico Equatorial

Estes gráficos mostram a anomalia da temperatura subsuperficial do Pacifico Equatorial até a profundidade de 300 m. Os tons de vermelho representam a anomalia positiva (temperatura acima do normal) e os tons de azul representam a anomalia negativa (temperatura abaixo do normal).

A presença desta massa de água quente em profundidade é um dos fatores analisados para se verificar o estágio de progressão do El Niño.

A análise da evolução semanal da anomalia das águas subsuperficiais mostra uma fragmentação da grande bolha quente em profundidade. Esta quebra pode ser notada desde o fim de setembro. Mas a característica de El Niño (água de quente em profundidade - mancha em tons de vermelho) continua persistente.

Anomalia semanal da temperatura  subsuperficial  de 31 de agosto a 15 de outubro de 2015.

Anomalia semanal da temperatura  subsuperficial  de 26 de agosto a 10 de outubro de 2015

Anomalia semanal da temperatura  subsuperficial  de 16 de agosto a 30 de setembro de 2015

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Climatempo
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