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Vulcão Copahue deixa Chile em alerta vermelho e Argentina, no laranja

23 dez 2012 - 20h43
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O Chile mantém o alerta vermelho por causa do vulcão Copahue, mas descartou a possibilidade de uma evacuação, enquanto a Argentina o elevou para laranja diante da presença de lava na boca da cratera do maciço na fronteira entre os dois países, informaram autoridades binacionais.

O escritório nacional de emergências do Chile (Onemi) decretou o alerta vermelho pela atividade sísmica no vulcão, situado na fronteira com a Argentina.

"A intensidade dos sinais sísmicos sugerem que a erupção ainda em curso é menor", mas "não se descarta uma evolução da atividade para uma grande erupção", ressaltou o Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin), em um comunicado.

Na noite de sábado, equipes de monitoramento detectaram uma atividade sísmica contínua e observaram uma incandescência na cratera, o que poderia indicar fluxos de lava pelas encostas do vulcão.

O vulcão situado na região de Biobío começou a cuspir cinzas e atualmente a coluna de gases e cinzas chegou a 1,5 km de altura na direção sudeste.

No entanto, a Onemi indicou que por enquanto não há necessidade de evacuar a população, porque "no caso de aumento da atividade, a área susceptível de ser afetada por fluxos de lava e lahars (um raio de 15 km) não inclui áreas povoadas".

Lahars são deslizamentos de terra que ocorrem nas encostas de vulcões provocados pela mistura das cinzas e água expelida, e que podem chegar a devastar populações.

O governo da província argentina de Neuquén (sul), por sua vez, decidiu elevar este domingo de amarelo para laranja o alerta emitido no sábado com relação à erupção do vulcão de 2.965 metros, informou o coordenador do Ministério de Desenvolvimento provincial, Carlos Vivero.

"A presença de lava na boca da cratera do vulcão Copahue, que desde ontem (sábado) lança fumaça e cinzas, fez o comitê de emergência constituído na comuna de Caviahue-Copahue (...) elevar preventivamente de amarelo para laranja o alerta, o que por enquanto não implica em evacuação", disse Viveros ao portal da Secretaria de Comunicação Pública da Presidência.

Segundo a fonte, também foi disposta a prontidão de veículos caso seja necessária a evacuação das populações vizinhas ao vulcão.

Na cidade de Copahue, vila turística de águas termais, vivem umas 500 pessoas, outras 900 na vizinha Caviahue e 800 mais nos arredores das comunidades mapuches (indígenas) assentadas na região.

A Defesa Civil provincial distribuiu máscaras e água potável para os moradores e permanece em alerta.

"Em Caviahue os moradores vivem uma situação de total tranquilidade, os acessos turísticos estão abertos e a chegada de visitantes é normal", disse à agência oficial Télam Eduardo Muñoz, porta-voz da coordenação da Intendência Caviahue-Copahue.

As autoridades informaram que o alerta passará a vermelho se o vulcão "lançar magma e pedra pomes, pondo em risco tanto o complexo termal, que está a seis quilômetros da boca, como a cidade de Caviahue, que está a nove quilômetros, ou as zonas rurais, quase todas ocupadas por mapuches criadores de gado".

O vulcão fica bem na linha fronteiriça na cordilheira dos Andes entre Chile e Argentina, mas a cratera de onde saem as emanações está voltada para o lado argentino.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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