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Veja tecnologias promissoras para a medicina do futuro

18 jul 2011 - 15h30
(atualizado às 16h06)
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Lucas Karasinski

A evolução tecnológica sempre busca melhorar a vida dos seres humanos, seja com um carro mais confortável ou novas funções na geladeira da cozinha. E quando se fala em medicina, sempre pensamos em novos medicamentos ou estudos com células-tronco. Mas isso pode ir muito mais longe. Existem projetos em estado avançado de desenvolvimento que podem revolucionar a medicina. Desde os mais simples exames até o cuidado com idosos, tudo está mudando para melhor.

Novas próteses ligadas ao cérebro podem responder a comandos cada vez mais complexos
Novas próteses ligadas ao cérebro podem responder a comandos cada vez mais complexos
Foto: Ryerson University/Reprodução / TecMundo

Exames de sangue sem tirar uma gota

Realizar um exame de sangue é o terror para quem vai ao médico e tem medo de agulhas, principalmente porque eles são praticamente rotina e trazem muitas respostas. Graças à tecnologia, isso pode estar com os dias contados. Novos aparelhos em desenvolvimento visam aposentar as agulhas, com os exames de sangue passando a ser feitos por meio de uma espécie de eletrodo digital.

Quando conectado à pele do paciente, esse equipamento fará coleta dos dados sem a necessidade de nenhuma picada. Além disso, o dispositivo também será capaz de realizar o processamento dessa informação, levando os resultados prontos para o médico avaliar, tudo em tempo real. Outro ponto positivo desse método é a possibilidade da sua utilização em casa, permitindo que pessoas em tratamento constante reduzam consideravelmente as visitas ao médico, poupando o tempo de ambos e fazendo um monitoramento ainda melhor.

Assistência remota aos pacientes

Falando em visitas regulares, há séculos a fórmula de ir ao médico segue basicamente a mesma: o paciente vai até o consultório do profissional, que faz uma breve entrevista, seguindo então para exames básicos, como pressão, batimentos cardíacos, entre outros.

Pensando nisso, a IBM realizou um novo estudo buscando ideias revolucionarias para facilitar esse processo "de rotina". Assim como nos exames de sangue citados acima, o objetivo é tornar tudo mais independente, com o paciente lançando mão de gadgets em casa e mandando os dados para o médico.

Avatar ligado ao cérebro

Uma das soluções propostas é um aparelho que realize um check-up praticamente completo, somente por meio das ondas cerebrais. O dispositivo (que lembraria muito o Medical Tricorder, solução para todos os problemas no famoso seriado Star Trek), ficaria na casa do paciente.

Este, por sua vez, teria um avatar - igual àqueles usados nos video games, por exemplo - para armazenar todas as informações coletadas pelo sistema. O médico então contaria com uma espécie de "rede social", tendo acesso a todos os seus pacientes - cada um com o seu avatar. Bastaria que o doutor clicasse em algum para visualizar as informações coletadas pelo dispositivo, tudo isso sem nenhum deslocamento ou contato direto entre médico e paciente.

Idosos com mais qualidade de vida

Uma das principais queixas das pessoas quando atingem a chamada "melhor idade" é o fato de terem que realizar visitas mais frequentes aos médicos. Pois a General Eletric está desenvolvendo equipamentos para mudar essa condição. Com base em estudos, a empresa identificou alguns dados, como a porcentagem de quedas em casa ou a falta de "pedidos de ajuda" por parte dos idosos, mesmo quando existem dispositivos com essa finalidade prontos para serem usados.

Pensando nisso, foi desenvolvido o GE QuietCare, aparelho que funciona como uma espécie de "Big Brother" sem câmeras. O dispositivo é composto por sensores com algoritmos avançados, que aprendem a rotina dos idosos residentes na casa e enviam os dados em tempo real para o responsável. O estudo da informação é feito de maneira automática, de forma que, sempre que ocorrerem mudanças significativas ou potenciais emergências, os médicos serão prontamente avisados, tudo em tempo real.

Órgãos artificiais e nanotecnologia

Graças à nanotecnologia e ao desenvolvimento cada vez mais sólido no uso das células-tronco, os transplantes utilizando órgãos criados em laboratório estão se tornando uma realidade cada vez mais palpável. Recentemente foi realizado o primeiro utilizando uma traqueia artificial. O órgão, desenvolvido por cientistas da University College London, foi feito com base no "original", utilizando imagens em 3D. O "modelo" foi primeiramente construído em vidro, para depois ser envolvido em células-tronco do paciente - criando assim uma nova traqueia.

E o foco não se resume só à criação de órgãos internos - a ideia é estender a tecnologia dos transplantes também para os membros, como braços e pernas perdidos em acidentes. Novas próteses ligadas ao cérebro podem responder a comandos cada vez mais complexos, além de serem também capazes de executar movimentos com mais fidelidade.

Medicamentos personalizados

O desenvolvimento de novos tipos de pílulas também não para e a tecnologia se faz presente no tradicional método de medicação. Inclusive, algumas ideias revolucionárias são objeto de estudo dos laboratórios. Entre os projetos, estão os remédios com absorção mais rápida - eliminando a utilização de injeções, além de doses personalizadas, fazendo com que o médico possa montar receitas específicas para cada paciente, não importando a complexidade do tratamento.

Mas o uso de nanoprocessadores em cápsulas é o que traz mais "visão futurista". Esses pequenos transmissores seriam capazes de colher informações sobre o paciente e enviá-los para o computador, para depois serem absorvidos pelo organismo.

A cura de (quase) todas as doenças

Um processo automático do nosso organismo pode ser a fonte da cura para muitas doenças. O "RNAi" (i de "interference" ou, interferência) é uma espécie de defesa natural do corpo, na qual o nosso RNA reage e bloqueia o desenvolvimento das células de doenças - como do câncer, por exemplo. Com base nisso os laboratórios farmacêuticos vêm investindo bilhões de dólares em estudos buscando uma maneira de desenvolver medicamentos que estimulem esse processo - aumentando assim a eficácia do corpo em eliminar células ruins.

Todavia, apesar de ser algo muito promissor (já houve alguns testes com drogas experimentais), o uso desse procedimento é visto ainda como algo para o futuro, uma vez que é necessário encontrar uma maneira de levar o "medicamento" às células corretas. Resta esperar.

Fonte: TecMundo
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