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UE anuncia programa de pesquisa com foco em sustentabilidade

21 nov 2012 - 10h24
(atualizado às 10h44)
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A União Europeia anuncia nova estratégia para cooperação internacional em pesquisa e desenvolvimento. O foco vai estar nos desafios sociais globais, como mudanças climáticas, mobilidade e desenvolvimento de meios de transporte mais sustentáveis, maior acessibilidade a energias renováveis, segurança alimentar e formas de lidar com os desafios de uma população que está envelhecendo.

Denominada Horizon 2020, a proposta prevê forte investimento em inovação como forma de superação da crise econômica que afeta a região.

A ideia é criar pontes entre pesquisa e mercado para que empresas transformem avanços tecnológicos em produtos viáveis, explica a chefe da unidade da Comissão Europeia para a Ciência, Tecnologia e Inovação nas Américas, Sigi Gruber, que apresentou o novo projeto durante o seminário Fapesp and European Union Seminar.

"Queremos fazer da Europa um local atraente para a pesquisa e inovação e aumentar nossa competitividade industrial", diz Sigi. "A União Europeia, assim como o Brasil, coloca muita ênfase na importância da inovação para estimular empregos e crescimento. Temos como meta para 2020 investir 3% de nosso Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento", diz a representante da UE.

O Horizon 2020 está em fase de aprovação no Parlamento Europeu e no Conselho da União Europeia. O programa prevê investimento de 80 bilhões de euros em pesquisa e desenvolvimento entre 2014 e 2020. "Uma das grandes novidades é uma participação mais forte da indústria", diz o conselheiro, chefe do setor de Ciência e Tecnologia da Delegação da União Europeia no Brasil, Piero Venturi, em entrevista à Agência Fapesp.

O programa, segundo Venturi, busca ampliar a escala de cooperação internacional, mas com foco em países estratégicos como Brasil, Índia, China e Russia. Segundo dados da Comissão Europeia, os chamados BRICs (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) dobraram sua participação nos investimentos globais em pesquisa e desenvolvimento entre os anos 2000 e 2009. As economias emergentes, porém, deixarão de ter financiamento automático dentro do programa Horizon 2020.

"Consideramos o Brasil um parceiro de mesmo nível agora. Portanto, em vez de financiar a vinda de pesquisadores brasileiros para projetos europeus, queremos discutir com instituições parceiras no Brasil quais são os interesses comuns dentro de um programa de cooperação. Isso é mais complexo, pois envolve investidores de ambos os países, mas acreditamos que seja a melhor estratégia", afirma Venturi.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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