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Transição energética da Alemanha entra em nova fase

8 abr 2014 - 17h35
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A transição energética da Alemanha vai entrar em uma nova fase após a adoção, nesta terça-feira, no conselho de ministros, de uma nova lei que reduz o apoio às energias renováveis e pretende submeter este setor subsidiado aos mecanismos de mercado.

"O governo cria as condições para um novo ponto de partida da transição energética, era algo absolutamente necessário", declarou durante coletiva de imprensa o ministro alemão de Economia e Energia, Sigmar Gabriel.

A lei em vigor atualmente, que data do final dos anos 1990, "era concebida para apoiar algumas tecnologias", explicou Gabriel, mas agora as renováveis representam 25% do consumo elétrico alemão, e em 2050 garantirão 80%.

Para alcançar esse objetivo, estas energias se beneficiam de subsídios, financiados por uma taxa por kilowatt-hora produzida e consumida no país. Essa taxa fez com que disparassem os preços da eletricidade no país.

Com o projeto adotado nesta terça-feira - ainda deve ser aprovado pela Bundestag (Câmara baixa do Parlamento alemão) - "o desenvolvimento (de energias renováveis) será melhor controlado e os custos não dispararão", indicou o governo em um comunicado.

Mas nas últimas semanas, o Executivo alemão voltou atrás em seu ajuste no setor para satisfazer os estados regionais, razão pela qual as reduções de subvenções às energias eólicas e à biomassa foram menores do que o previsto.

Além disso, a partir de 2017 o aporte de ajuda será definido por um sistema de licitações que colocará os produtores em concorrência, pois terão que vender eles mesmos eletricidade nos mercados.

Os meios econômicos saudaram este passo rumo a um mecanismo de mercado, as mas associações ambientalistas acusam o ministro Gabriel de ter enterrado a transição energética no país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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