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São Paulo amplia projeto e ganha mais oito táxis elétricos

13 dez 2012 - 16h39
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Sabrina Bevilacqua
Direto de São Paulo

Projeto que visa testar a circulação de táxis elétricos na cidade de São Paulo é ampliado. A partir desta quinta-feira as ruas da cidade terão mais oito carros em circulação. Depois de seis meses de testes, o projeto para viabilizar o uso desse tipo de veículo movido a energia elétrica entra em sua segunda fase e conta agora com dez veículos.

O prefeito Gilberto Kassab, que participou da cerimônia de entrega dos novos veículos, afirmou que o uso dessa tecnologia é o caminho não só para São Paulo, mas também para o Brasil. Disse que, depois da primeira fase de testes, a cidade tem de ter como objetivo um plano diretor que aumente de maneira expressiva a quantidade de táxis elétricos. "É algo que não está na rotina das pessoas, mas quando a sociedade vê que está sendo implantada apoia totalmente."

Kassab sugeriu ainda às organizações que participam do projeto que procurem o novo prefeito, Fernando Haddad, e proponham uma ampliação "para que, em quatro anos, a cidade tenha 300 táxis elétricos". A iniciativa está sendo realizada por meio de uma parceria entre Prefeitura, AES Eletropaulo, Renault-Nissan e a Associação das Empresas de Táxi do Município de São Paulo (Adetex).

Outra novidade da nova fase do projeto diz respeito à recarga, que antes era feita somente em pontos instalados nas garagens das empresas de táxi. Nesta segunda fase, foram instalados cinco postos de carga rápida em diferentes regiões. Os novos postos fazem a recarga em 30 minutos - os antigos, que continuam existindo, levam cerca de 8 horas. Segundo o vice-presidente de Operações e Comercial da AES Eletropaulo, Sidney Simonaggio, para a instalação dos novos postos a empresa investiu R$ 1 milhão.

Segundo a SPTrans, o setor de transportes é responsável por cerca de 90% das emissões de São Paulo. O táxi elétrico, o Nissan Leaf, não emite gases de efeito estufa e, segundo os motoristas, funciona bem durante a fase de testes. "Por enquanto, dá para fazer corridas na capital e na Grande São Paulo. É ótimo para rodar em centros urbanos e ainda estamos ajudando o meio ambiente", afirma Alberto Ribeiro, que há 20 anos é motorista de táxi e há seis meses vem testando o novo veículo. Segundo Ribeiro, os passageiros aprovaram. "Já teve até briga para ver quem ia andar no meu carro."

Além das vantagens ambientais, os gastos com o combustível também são menores. Segundo Simonaggio, cada recarga custa cerca de R$ 8,50 e possibilita uma autonomia média de 160 quilômetros. Simonaggio ressalta que a energia elétrica como combustível tem um custo cinco vezes menor na comparação com a gasolina e descarta a possibilidade de uma crise energética caso o projeto ganhe escala nacional. "Se toda a frota de táxis do País fosse elétrica, a carga necessária iria aumentar muito pouco, de 5% a 10%." O NIssan Lef é vendido no exterior ao preço de US$ 35 mil.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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