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Rio: mortandade na Lagoa aumenta, e peixes recolhidos somam 33 toneladas

13 mar 2013 - 14h30
(atualizado às 19h57)
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<p>Cartão-postal do Rio de Janeiro, a lagoa Rodrigo de Freitas ficou coberta por peixes mortos</p>
Cartão-postal do Rio de Janeiro, a lagoa Rodrigo de Freitas ficou coberta por peixes mortos
Foto: Daniel Ramalho / Terra

A Comlurb, empresa responsável pela limpeza pública do Rio de Janeiro, já retirou 33 toneladas de peixes da Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos principais cartões-postais da cidade. Uma nova mortandade de peixes é observada desde ontem, e segundo a secretaria municipal de Meio Ambiente, foi causada pelas chuvas dos últimos dias que teriam levado grande quantidade de matéria orgânica. Esse material, em decomposição, consumiu oxigênio necessário para os peixes, ainda de acordo com a secretaria.

Quem chega à lagoa se depara com o espelho d`água, em grande parte, coberto pelos inúmeros peixes mortos, de diversas espécies, como Manjubinha e Acará. Ao todo, 104 garis trabalham no recolhimento dos peixes. Três catamarãs auxiliam o trabalho de limpeza da lagoa.

A secretaria de Meio Ambiente informou ainda que o local é monitorado 24 horas por dia, e que, a cada hora, um boletim é emitido. A informação mais recente indica que o nível de oxigênio na água vem aumentando, que a situação não é mais crítica. A expectativa para esta noite, no entanto, é que o nível de oxigenação na água caia, o que pode fazer com que mais peixes morram.

Pescadores da Lagoa disseram ter visto as comportas do Jardim de Alah, que liga a Lagoa à Praia de Ipanema, fechadas no fim de semana. Segundo eles, isso pode ter atrapalhado na renovação da água, e piorado a situação. A secretaria negou que as comportas tivessem sido travadas.

Para o biólogo Mário Moscatelli, os indícios apontam que houve, realmente, falta de oxigênio. A emissão de matéria orgânica é uma das possibilidades, mas ele lembrou que pode ter ocorrido uma grande emissão de esgoto na Lagoa, por meio de alguma elevatória da Cedae. Ele pediu que seja feito um plano de contingenciamento para esses casos.

Fonte: Terra
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