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Príncipe saudita mata 2.000 pássaros em risco de extinção durante caça no Paquistão

24 abr 2014 - 09h11
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Um príncipe saudita apaixonado pela arte ancestral da falcoaria matou cerca de 2.000 pássaros pertencentes a uma espécie em risco de extinção em apenas um período de caça no Paquistão, criticaram nesta quinta-feira autoridades locais.

Segundo as autoridades da instável província do Baluchistão (sudoeste), o príncipe Fahd Bin Sultan e seu séquito utilizaram falcões criados especificamente para matar pássaros da espécie Houbara Bustard durante uma caçada de três semanas em janeiro.

A caça do Houbara Bustard está teoricamente proibida, já que o pássaro está em risco de extinção. No entanto, em certas ocasiões as autoridades paquistanesas concedem permissões especiais para que personalidades capturem centenas de pássaros em dez dias.

"Mas o príncipe matou sozinho 1.977 pássaros e as pessoas que o acompanhavam 123", afirmou um funcionário do ministério do Meio Ambiente, que pediu o anonimato.

"Pedimos aos nossos superiores hierárquicos que coloquem fim a esta prática, porque estes pássaros já estão em risco", acrescentou.

Jaffar Baloch, diretor dos serviços da fauna no distrito de Shagai, onde ocorreu a controversa caça, confirmou que pediu às autoridades que atuem neste caso sensível diplomaticamente, já que as monarquias do Golfo são importantes investidoras no Paquistão e em sua frágil economia.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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