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Pnuma pede que governos busquem caminhos sustentáveis na Rio+20

6 jun 2012 - 16h20
(atualizado às 18h22)
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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) pediu nesta quarta-feira aos governos de todo o mundo que aproveitem a Rio+20 para adotar medidas que garantam o desenvolvimento sustentável do planeta, após divulgar um relatório no qual adverte que "o atual caminho é insustentável".

Ativistas do Greenpeace fazem protesto para que as promessas da Rio+20 saiam do papel
Ativistas do Greenpeace fazem protesto para que as promessas da Rio+20 saiam do papel
Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace / Divulgação

"Se os atuais níveis de produção e de consumo de recursos naturais mantiverem sua atual tendência ou não puderem ser revertidos, os governos precisarão administrar níveis sem precedentes de danos e degradação", declarou o subsecretário-geral da ONU e diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro na qual apresentou o estudo Geo-5.

A coordenadora-executiva da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Henrietta Elizabeth Thompson, reforçou na mesma entrevista coletiva que o relatório do Pnuma ajudará os líderes mundiais a entenderem a importância da reunião e das decisões que serão adotadas na cúpula do Rio de Janeiro, entre os próximos dias 20 e 22.

"O relatório lembra aos líderes mundiais que se reunirão na Rio+20 a urgente necessidade de iniciar uma transição decisiva e definitiva para uma economia verde, de baixo carbono, eficaz no uso de recursos e geradora de empregos", ressaltou Steiner.

O diretor do Pnuma disse que espera ver no Rio muitos ativistas em protestos para pressionar os governantes que "não estão lidando com a clareza e a vontade suficientes". A coordenadora da Rio+20 admite que a cúpula resultará em metas como as já adotadas e não cumpridas, mas indicou que a vantagem é que, como o debate no Rio assume o meio ambiente como algo totalmente vinculado à economia, poderão ser traçados objetivos realistas.

"As metas não eram atingidas porque não implicavam em modos de vida e práticas de consumo e produção. Agora a discussão incluiu a economia e os debates contam com a participação não só dos ministros do Meio Ambiente, mas também dos ministros da Fazenda", ressaltou Henrietta.

EFE   
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