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Petroperú terá "multa alta" por causa de vazamento na Amazônia, diz ministro

13 fev 2016 - 22h51
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A empresa estatal Petroperú receberá "uma multa alta" por causa dos vazamentos de petróleo ocorridos nas últimas semanas na Amazônia do Peru, após derramamento em um oleoduto operado por esta companhia, advertiu neste sábado o ministro do Ambiente peruano, Manuel Pulgar-Vidal.

O ministro explicou para a imprensa local que a multa pode chegar a 60 milhões de sóis (cerca de US$ 17,1 milhões) por afetar a flora, a fauna e a saúde das pessoas.

Pulgar-Vidal afirmou ao "Canal N" de televisão que o governo será "inflexível" na sanção apesar de se tratar de uma empresa pública.

"É preciso proteger a floresta amazônica, mas também as plantações, porque muitos foram afetados. Não podemos permitir que se repitam as mesmas situações", explicou.

O ministro comentou para a "Rádio Programas del Perú" (RPP) que a Petroperú não tinha cumprido um plano de adequação do oleoduto que devia ter realizado em 2015.

Pulgar-Vidal recomendou baixar a pressão de bombeamento da instalação para evitar novas fissuras nos encanamentos, construída em 1974.

O primeiro vazamento aconteceu no dia 25 de janeiro no Oleoduto Norperuano, em Villa Hermosa, situado na região de Amazonas, e o segundo em 3 de fevereiro na mesma instalação, porém na província Datem del Marañón, pertencente à região de Loreto.

O primeiro vazamento afetou cultivos próximos de cacau e o petróleo se espalhou por 3,5 quilômetros de extensão no riacho Inayo, que desemboca no rio Chiriaco, afluente do Marañon, rio que forma o Amazonas, segundo o Organismo de Avaliação e Fiscalização Ambiental (Oefa) poucos dias depois do fato.

A Organização Regional de Povos Indígenas da Amazônia Norte do Peru denunciou na sexta-feira que as chuvas que caíram nas últimas horas espalharam o vazamento até chegar ao Marañon, cujo perigo de contaminação e o de seus afluentes foi negado pela Petroperú em comunicado.

EFE   
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