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Petróleo fecha em forte queda em Nova York a U$106,94 o barril

2 ago 2013 - 17h43
(atualizado às 19h51)
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Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam com forte queda nesta sexta-feira em Nova York, puxados pelos dados do desemprego nos Estados Unidos, que frustraram as expectativas do mercado sobre a criação líquida de postos de trabalho.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em setembro caiu 95 centavos, a 106,94 dólares, no New York Mercantile Exchange (Nymex).

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro, fechou a 108,95 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), uma queda de 59 centavos em relação ao fechamento de quinta-feira.

Após uma alta de quase 3 dólares na quinta-feira devido ao otimismo dos investidores sobre as perspectivas da economia norte-americana, os dados do emprego e desemprego de julho caíram como um balde de água fria no mercado.

"Trata-se do dado macroeconômico mais importante para o mercado e para o Federal Reserve e foi decepcionante", destacou Phil Flynn, do Price Futures Group.

A taxa de desemprego caiu 0,2 ponto a 7,4%, atingindo um mínimo desde 2008, mas a criação líquida de empregos de 162.000 postos, foi menor que as expectativas dos especialistas que projetavam um nível de 175.000.

Além disso, os dados das contratações de maio e de junho foram revisados para baixo.

Este é um relatório "especialmente frágil", destacou Carl Larry, da empresa Oil Outlook and Opinions, que explicou que este dado é ruim para as perspectivas da demanda de petróleo no segundo semestre.

"Uma menor criação de emprego implica menos crescimento e menos consumo de petróleo", disse Flynn.

A queda dos preços foi freada pelas declarações do presidente da sede regional do Federal Reserve em Saint Louis (Misuri), James Bullard, que indicou que o banco poderia esperar um pouco antes de diminuir as compras de títulos.

O Fed deve esperar os dados do segundo semestre antes de tomar uma decisão sobre o futuro da política monetária.

Segundo os analistas, os dados de emprego antecipam que o Fed manterá, no curto prazo, uma política monetária expansiva.

Quanto à oferta, o alerta divulgado nesta sexta-feira pelos Estados Unidos para seus cidadãos no exterior de que a rede Al-Qaeda poderia realizar um ataque, somaram uma taxa de risco ao mercado, disse Flynn.

"Isso descamba para a possibilidade de um ataque de grande magnitude contra um país produtor de petróleo e faz temer problemas de fornecimento", explicou o especialista.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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