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Pesquisa: cai tempo gasto por paulistano no trânsito

17 set 2012 - 16h03
(atualizado às 16h47)
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Sabrina Bevilacqua
Direto de São Paulo

Diminui o tempo que os paulistanos passam no trânsito na comparação de 2011 com 2012, de acordo com pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e Ibope. O tempo médio gasto nos percursos na cidade caiu de 2h49 para 2h23 minutos por dia. "É uma redução positiva, mas o tempo ainda é elevado", dizem especialistas. De acordo com o levantamento, os moradores da Zona Sul são os que mais tempo gastam: levam em média 2h40 para se deslocar pela cidade todos os dias. Quanto ao respeito à faixa de pedestre houve um aumento da percepção de maior respeito pelos motoristas.

Apesar da melhora, a questão ainda incomoda bastante quem vive em São Paulo. Segundo a mesma pesquisa, 75% dos entrevistados gastam cerca de 1h40 por dia para fazer seu percursos principal. Oito em cada dez pessoas considera o trânsito da cidade ruim ou péssimo. Os organizadores da pesquisa não sabem informar ainda a razão da melhoria do tempo gasto no trânsito na cidade.

As informações, divulgadas nesta terça, integram a Pesquisa sobre Mobilidade Urbana realizada pelo Ibope e Rede Nossa São Paulo. O estudo faz parte da Semana da Mobilidade, que vai de 16 a 22 de setembro e é promovida pela Nossa São Paulo. Até o dia 22, quando será comemorado o Dia Mundial Sem Carro, serão promovidas na cidade atividades para discutir a questão da mobilidade urbana. A programação é aberta para todos e está disponível na página http://diamundialsemcarro.org.br

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O trânsito é apontado pela pesquisa como a quarta área mais problemática da cidade de São Paulo, ficando atrás apenas de saúde, segurança pública e educação. De acordo com a pesquisa, mais de 2 milhões de paulistanos utilizam o carro todos os dias ou quase todos os dias para se deslocar pela cidade. Entretanto, 65% dos proprietários de automóveis disseram estar dispostos a deixar o carro em casa caso tenham a opção de transporte público adequado. Assim, oito em cada dez pessoas destacam a necessidade de investimento em transporte coletivo - em 2011 eram 7 em cada 10.

"Melhorar a mobilidade na cidade não se trata apenas de andar mais rápido. É uma questão do impacto que isso vai produzir na rotina das pessoas. É uma questão de qualidade de vida", afirma o coordenador da secretaria-executiva da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew.

Para Grajew, a questão envolve não só o deslocamento urbano, mas também em questões como cidadania, educação e segurança. Segundo o dirigente, a cada ano, 50 mil pessoas morrem por acidente de trânsito no Brasil. Para Grajew, a mobilidade é uma questão essencial para o planejamento urbano. "Para reduzir o uso de transporte individual motorizado, as cidades têm de se planejar."

Respeito ao pedestre - A pesquisa aponta ainda a percepção pelos entrevistados do aumentou do respeito do motorista em relação à faixa de pedestre. Para 47% das pessoas, houve significativa melhora - em 2011 o número era de 26%. Entretanto, os entrevistados se mostraram insatisfeitos com poder público. Eles acham que as faixas de pedestres precisam de melhorias.

A nota média para a sinalização das faixas caiu de 4,7 em 2011 para 2,8 em 2012, a do tempo de travessia foi de 4,6 para 4 e a localização das faixas recebeu 4,5. De acordo com a pesquisa, caiu o número de pessoas que usam o carro quase todos os dias. O porcentual passou de 13% (em 2011) para 9% (em 2012).

Mas, a aplicação de medidas polêmicas que visam reduzir o número de carros nas ruas foram reprovadas pela maior parte dos entrevistados. Apenas 17% das pessoas aprovam o pedágio urbano e 37% aprovam o aumento do rodízio de veículos para dois dias.

A pesquisa mediu também a percepção da qualidade de vida em São Paulo. O paulistano está mais insatisfeito com a vida na cidade. Caiu de 62% para 59% o número de pessoas que afirmam que São Paulo é "ótima" ou "boa" para morar. Os que consideram a cidade "ruim" ou "péssima" passaram de 10% para 13%.

Para ver a íntegra da pesquisa clique aqui.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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