O peixe-bolha ('Psychrolutes marcidus'), uma espécie do Pacífico que "lembra um senhor velho e amargurado", foi eleito o animal mais feio do mundo em um concurso organizado na Grã-Bretanha.
Mais de 3 mil pessoas participaram de uma consulta na internet para chamar a atenção sobre espécies pouco conhecidas e ameaçadas que desempenham seu papel no ecossistema.
O "blobfish", como é denominado em inglês, uma criatura rosada capaz de suportar a pressão de grandes profundidades marinhas - e cujo aspecto parece fazer menção a esta circunstância - tem sido vítima da pesca de arrasto.
Ele ganhou incontestavelmente, com 795 votos, disse Coralie Young, da Associação Britânica de Ciência (British Science Association), que anunciou o resultado em um festival anual em Newcastle, no nordeste da Inglaterra.
Em segundo lugar ficou o kakapo, um pássaro que não voa e parece uma mistura de papagaio e coruja, que vive na Nova Zelândia. Em terceiro lugar ficou o axolotl, anfíbio mexicano apelidado de "peixe andarilho".
Outros candidatos foram o macaco proboscis, que tem os testículos vermelhos e nariz grande, e a rã do Titicaca, também conhecida com o nome pouco científico de "rã escroto".
Oitenta mil pessoas visitaram a página do concurso. "É um modo simpático de lembrar às pessoas sobre a conservação" dos animais, explicou por telefone Coralie Young.
Veja outros animais "feios":
O peixe-bolha foi eleito em concurso britânico o animal mais feio. Em 2010, o jornal americano The New York Times já havia relacionado o Psychrolutes marcidus em sua lista. Esta criatura gelatinosa, que lembra uma face, vive em grandes profundidades. Leia mais -
Foto: Divulgação
O rato-toupeira-pelado ou rato-toupeira-nu (Heterocephalus glaber) é encontrado na África. Não bastasse a beleza, esses animais também nascem cegos
Foto: Wikimedia
Pesquisas recentes indicam que pesquisas recentes, esses ratos tem uma longevidade maior do que outros ratos
Foto: Wikimedia
O elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina) é a maior das focas - e não a mais bonita delas
Foto: Wikimedia
Apesar de figurar entre os primeiros da lista dos mais feios, o elefante-marinho-do-sul também pode ser fotogênico
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O macaco-narigudo (Nasalis larvatus) não tem esse nome à toa: nos machos, o nariz é longo e flexível - e feio
Foto: Wikimedia
O nariz do macaco-narigudo também é usado como instrumento para emitir sons
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Os brutos - e os feios - também amam. Na Indonésia, o macaco-narigudo tem papel de líder espiritual
Foto: Wikimedia
A rã-do-titicaca (encontrada apenas no Lago Titicaca, na Cordilheira dos Andes) é reconhecida pelo excesso de pele, que ajuda a rã a respirar nas alturas
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A toupeira-nariz-de-estrela (Condylura cristata) habita no subterrâneo da América do Norte
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Assim como muitas outras espécies de toupeiras, a Condylura cristata é cega
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O aie-aie, primata que só existe em Madagascar, está ameaçado de extinção
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Com seus grandes olhos, o aie-aie possui boa visão noturna
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O axolote ou axolotle (Ambystoma mexicanum) é uma espécie de salamandra
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Axolotle - um nome asteca que significa "monstro aquático" - está em perigo crítico de extinção
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O facoqueiro-comum (Phacochoerus africanus) é muito comum em diversas regiões da África
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Esse animal também é conhecido como facócero no Brasil
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O peixe-dourado-celestial tem olhos enormes para a proporção do seu corpo
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O kakapo ou papagaio-mocho (Strigops habroptilus) é uma espécie de papagaio noturno
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O kakapo só existe na Nova Zelândia e não consegue voar
Foto: Wikimedia
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Os vencedores do British Wildlife Photography Awards foram anunciados. E a grande vencedora foi essa imagem de um incrível encontro com um golfinho intitulada In the living room (Na sala, em tradução livre). George Karbus, que registrou o momento, disse que a visibilidade dentro dágua é muito limitada na Irlanda, e eu tive muita sorte em conseguir fotografar esse momento.
Foto: British Wildlife Photography Awards / Divulgação
Essa imagem registrada durante o outono em Devon, no sul da Inglaterra, foi altamente elogiada na categoria bosques selvagens. Danny Green, autor da foto, falou sobre a complexidade de se fotografar mamíferos em extinção. Este arganaz está hibernando e por isso eu usei um suporte especial para câmera para não assustá-lo.
Foto: British Wildlife Photography Awards / Divulgação
A vencedora na categoria Grã-Bethanha escondida leva o título de Viewpoint (Ponto de vista) e foi fotografada por James Knight em Buckinghamshire. Esse pequeno caracol iluminado criou uma sombra que chamou a atenção de Knight, que então recompôs a imagem e esperou que o animal chegasse até o final dessa samambaia para tirar a foto.
Foto: British Wildlife Photography Awards / Divulgação
O ganhador na categoria retratos de animais foi Mark N Thomas, que fotografou uma espécie de peixe em Gwynedd, no norte do País de Gales. Thomas, que deu o nome de Tommy à sua imagem, disse que esse peixe estava sempre no mesmo lugar em todos os meus mergulhos.
Foto: British Wildlife Photography Awards / Divulgação
Na mesma categoria, paciência foi a palavra-chave para essa elogiada foto de filhotes de coruja feita em Sussex, no sul da Inglaterra, por Richard Peter. Tentar enquadrar os três e fazer com que eles olhassem na minha direção foi uma tarefa difícil.
Foto: British Wildlife Photography Awards / Divulgação
Robert Canis ganhou na categoria Grã-Betanha botânica, com esta imagem que capta a relação simbiótica entre um pequeno cogumelo e árvores gigantes.
Foto: British Wildlife Photography Awards / Divulgação
Muitas vezes, não é uma questão de aproximar a câmera da natureza, mas da natureza se aproximar da câmera, como se vê na categoria detalhes naturais. A imagem vencedora na categoria, feita por Michael Gallagher, mostra os olhos de uma lula, que segundo ele, se aproximou intrigada com a câmera, e com o intruso que fazia bolhas.
Foto: British Wildlife Photography Awards / Divulgação
Joseph Amess, de 15 anos, foi o vencedor na categoria de fotógrafos de 12 a 18 anos, com essa impressionante foto de um chapim-real levantando vôo em Suffolk, no leste da Inglaterra. As imagens ganhadoras serão exibidas na Mall Galleries em Londres, do dia 2 a 7 de setembro antes de partirem para um tour nacional.
Foto: British Wildlife Photography Awards / Divulgação