PUBLICIDADE

ONU pede que Estados-membros enfrentem impacto de desastres

13 jun 2012 - 20h14
(atualizado às 21h36)
Compartilhar

A Representante Especial do Secretário-Geral para Redução de Riscos de Desastres das Nações Unidas, Margareta Wahlström, pediu nesta quarta-feira que os estados-membros da ONU enfrentem a realidade do impacto econômico e humano dos desastres desde a Eco92, realizada há vinte anos no Rio de Janeiro. "Eu espero que a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) leve em conta as perdas que o planeta sofreu nesses 20 anos. No período, vimos um recorde de perdas econômicas, um grande número de pessoas mortas e bilhões deslocados, feridos ou desabrigados por causa da crescente exposição a eventos extremos", afirmou Margareta.

Alguns pavilhões no Parque dos Atletas, que recebe alguns eventos da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, ainda estão sendo montados
Alguns pavilhões no Parque dos Atletas, que recebe alguns eventos da conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, ainda estão sendo montados
Foto: Giuliander Carpes / Terra

Confira a programação com os principais eventos

Veja onde está ocorrendo a Rio+20

Segundo a representante, nas últimas duas décadas os desastres naturais mataram 1,3 milhão de pessoas, afetou 4,4 bilhão e resultou em uma perda econômica de $ 2 trilhões. "Nós podemos fazer melhor. A Rio+20 precisa ser um marco e introduzir prazos e objetivos realistas de desenvolvimento sustentável que ajudem a erradicar esse enorme desperdício de recursos humanos, sociais e econômicos. Nós sabemos como fazer. Nós temos as ferramentas", declarou Margareta.

Ela lembrou, ainda, que todos os estados-membros da ONU aprovaram o marco de ação de Hyogo, que versa sobre as prioridades em termos de redução de riscos de desastres e adaptação à mudança climática. "Precisamos acelerar as ações. Isto é especialmente importante na ausência de progressos significativos na luta contra as emissões de gases do efeito estufa. A redução de riscos de desastres pode salvar vidas e construir resistência", afirmou.

Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade