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ONG reproduz favela na praia de Copacabana para denunciar pobreza

16 jun 2012 - 14h23
(atualizado em 17/6/2012 às 08h39)
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A organização não governamental Rio de Paz instalou, neste sábado, em plena praia de Copacabana, uma favela fictícia para "dar visibilidade aos invisíveis" durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 e pedir que os governantes não se esqueçam dos pobres.

"Decidir não decidir é a pior decisão de todas. Vocês estão colocando, não apenas a natureza, mas vidas em risco" dizia uma das faixas do protesto
"Decidir não decidir é a pior decisão de todas. Vocês estão colocando, não apenas a natureza, mas vidas em risco" dizia uma das faixas do protesto
Foto: Bárbara de Olyveyras / Futura Press

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A favela era composta por três barracos de madeira, simulando a triste realidade dos moradores de comunidades pobres do Rio de Janeiro. O presidente da Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, disse à Agência Efe que espera que a Rio+20 apresente "metas concretas de sustentabilidade e de combate à desigualdade social".

Além dos barracos, alguns moradores da favela de Manguinhos estiveram nas areias de Copacabana para representar como é o dia a dia nos bairros pobres de Rio. Verônica, mãe solteira de quatro crianças, afirmou que suas principais preocupações são a falta de transporte, de apoio social por parte das autoridades e as operações da polícia contra os traficantes. "Há dias que meus filhos não podem ir à escola. Os policias entram em nossas casas de maneira grosseira, sem pedir permissão ou respeitar nossa intimidade", declarou Verônica à Efe.

A ONG Rio de Paz também construiu um túmulo para denunciar os mortos por balas perdidas nas operações policiais e um encanamento que simbolizava a sujeira dessas áreas degradadas.

Sobre a Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Composta por três momentos, a Rio+20 vai até o dia 15 com foco principal na discussão entre representantes governamentais sobre os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. A partir do dia 16 e até 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. Já de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

vc repórter

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EFE   
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