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Ministra cobra de países recurso por combate ao desmatamento

7 nov 2012 - 08h34
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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, diz que países não estão compensando as ações brasileiras de redução do desmatamento e de diminuição nas emissões de gases estufa. "O Brasil está fazendo muito sem ter o retorno que poderia ter. O Fundo da Amazônia só tem doação, até hoje, da Noruega, da Alemanha e da Petrobras, uma empresa brasileira que aloca recursos na Amazônia. Cadê os outros doadores?"

A expectativa é a de que a destinação de recursos a iniciativas contra desmatamento e de redução de emissões volte a ser discutida na 18ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP18). O evento, que será realizado no fim deste mês no Catar, vai decidir sobre uma segunda etapa para o Protocolo de Quioto.

"O Brasil trabalha enquanto os ricos países desenvolvidos emitem? Isso vai aparecer no debate sobre a segunda rodada de compromissos do Protocolo de Quioto, mas vai ser definido de 2013 a 2015", explica, referindo-se ao período que vai anteceder o novo Acordo sobre Mudanças do Clima.

Para Izabella, o Fundo da Amazônia é o único mecanismo de Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação (Redd) em prática que o governo reconhece. O fundo foi criado em 2008 para captar doações para investimentos em prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e para a conservação e o uso sustentável de florestas.

"O que adianta eu implantar mecanismos que, muitas vezes, depois, não são reconhecidos internacionalmente. Lembro que a conta tem de ser paga pelos países desenvolvidos que não estão reduzindo suas emissões na magnitude que deveriam", afirma, destacando poucas ações positivas como metas definidas por países da União Europeia e de alguns Estados norte-americanos.

Para o governo, ainda que o Brasil defina compromissos internamente, muitos precisam ter regulamentação internacional como no caso do Redd. O mecanismo, que tem sido o centro das polêmicas nas discussões sobre clima, funcionaria como uma compensação financeira para os países em desenvolvimento ou para comunidades desses países, pela preservação de suas florestas.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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