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RS: fogo em reserva é extinto; estimativa é de 5 mil hectares atingidas

Balanço final da área atingida será divulgado amanhã; brigadistas e aeronaves vão continuar trabalhando no rescaldo das chamas

3 abr 2013 - 17h26
(atualizado às 17h47)
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Imagem áerea mostra a extensão do incêndio na reserva ecológica
Imagem áerea mostra a extensão do incêndio na reserva ecológica
Foto: Henrique Ilha/ICMBio / Divulgação

O incêndio que atingia a Estação Ecológica do Taim, no sul do Rio Grande do Sul, desde o dia 26 de março, foi extinto nesta quarta-feira após devastar uma área de quase 5 mil hectares de terra. Segundo o coordenador da reserva, Henrique Ilha, a forte chuva que atingiu a região nesta tarde colaborou para controlar as chamas.

"Por volta das 15h a chuva ficou muito forte, o que ajudou a apagar os últimos focos do incêndio", disse Ilha. Segundo ele, um levantamento preciso do total da área afetada será feito na quinta-feira. Dentro dos próximos dias, o Instituto Chico Mendes, responsável pela estação, deve divulgar um balanço dos prejuízos para a fauna e a flora em decorrência do incêndio.

Segundo Henrique Ilha, a estimativa é que o incêndio tenha as mesmas proporções do fogo que atingiu a reserva em fevereiro de 2008, quando foram devastadas 4,7 mil hectares. "Acho que a única diferença é que naquela ocasião o fogo foi controlado em cinco dias, mas queimou uma área grande de forma mais rápida", disse.

Ele acredita que não será verificado um prejuízo significativo para a vegetação, já que o fogo atingiu a palha seca que cobre os banhados. "Percebemos várias faixas verdes em meio a áreas queimadas e também percebemos, nas partes atingidas pelo fogo, que as raízes das plantas continuam verdes". Ele estima que dentro de um mês a vegetação possa se recuperar.

Para os animais, no entanto, os prejuízos são maiores. "Os répteis são mais prejudicados por causa da dificuldade de locomoção. Animais de grande porte não vimos nenhum atingido pelo incêndio. Eles conseguiram fugir", explicou Ilha.

Na quinta-feira, os três aviões contratados para controlar as chamas vão continuar operando, para verificar se não existe mais nenhum foco do incêndio. Uma equipe de brigadistas também vai percorrer a área para fazer o rescaldo.

A suspeita é que um raio tenha provocado o fogo na terça-feira, já que atingiu uma região de difícil acesso. Abrangendo uma área de 11 mil hectares, o Taim é um grande viveiro natural de animais, como capivaras, ratões, jacarés, tartarugas, tachã e garça-vaqueira, entre outras, e vegetais, distribuídos em banhados, campos, lagoas, praias arenosas e dunas litorâneas. A região abriga diversos ecossistemas e possui alto valor ecológico para pesquisas e experimentos.

Fonte: Terra
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