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Legisladores japoneses pedem continuidade de programa baleeiro

16 abr 2014 - 17h59
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Legisladores japoneses pediram nesta quarta-feira que o governo reprograme seu programa "de pesquisas" baleeiro para se esquivar da sentença proferida por um tribunal internacional, que descreveu o programa como caça comercial disfarçada de ciência.

O comitê pesqueiro de 40 integrantes, composto por membros da câmara baixa, aprovou por unanimidade uma resolução que exige que o governo estude "todas as opções, inclusive deixar a convenção (baleeira internacional)".

Segundo o grupo, a decisão tomada no início do mês pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) foi "realmente lastimável", mas "não necessariamente impede a atividade baleeira do Japão, uma tradição e uma cultura ímpares".

O painel exigiu que o governo encontre um caminho para continuar com a operação de pesquisas "de forma a desempenhar um papel responsável como o único país no mundo com uma abordagem científica".

Os parlamentares também exigiram que o governo esboce rapidamente um plano para substituir a proibida operação baleeira na Antártica e prepare completamente um novo programa, enquanto põe em circulação "carne de baleia - um subproduto da pesquisa baleeira - de forma apropriada, como antes".

Embora seja signatário da Convenção Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês), que proíbe a caça comercial dos cetáceos, o Japão se aproveita de uma brecha que permite a "pesquisa letal".

O país considera perfeitamente apropriado que as pessoas consumam a carne derivada do abate dos animais.

Para ambientalistas, a ciência é apenas um disfarce e a Austrália levou o Japão à CIJ, em Haia, por causa de seu programa.

Os juízes decidiram a favor de Camberra por 12 votos a 4 e Tóquio anunciou a suspensão da temporada 2014-2015.

Mas documentos apresentados nos Estados Unidos teriam demonstrado que o Instituto de Pesquisas de Cetáceos, entidade japonesa encarregada do programa baleeiro, pretende voltar ao Oceano Austral no ano que vem com um programa remodelado.

Na segunda-feira, o Japão reforçou que ainda não tomou uma decisão sobre a retomada do programa baleeiro na Antártica.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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