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Justiça italiana embarga 8,1 bilhões de proprietários de indústria

24 mai 2013 - 09h55
(atualizado às 11h45)
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Um tribunal de Taranto (sul da Itália) embargou 8,1 bilhões de euros de bens pertencentes à família Riva, proprietária da usina siderúrgica Ilva, no centro de um escândalo de poluição, informou a imprensa italiana.

Os proprietários da Ilva são suspeitos de conspiração para crimes contra o meio ambiente, o que permitiu a apreensão dos bens da família Riva e da sociedade Rivafire Spa.

O montante total representa o valor que, de acordo com peritos nomeados pelo tribunal, deveriam ter sido investidos para evitar o impacto ambiental da usina Ilva de Taranto, a maior siderúrgica da Europa e pilar estratégico para o emprego e indústria na Itália.

A falta de investimentos para adequar as instalações às normas resultou em lucros para os proprietários, considerados, portanto, como fonte de crime.

A investigação por desastre ambiental contra a usina Ilva de Taranto começou em julho, com a prisão de Emilio Riva, ex-chefe da fábrica, colocado sob prisão domiciliar, e o fechamento de instalações poluentes.

Em novembro, uma operação da polícia resultou na prisão de outros líderes da sociedade. O filho de Emilio Riva, Fabio, vice-presidente do grupo familiar, conseguiu escapar da operação policial fugindo para Londres.

A usina Ilva, acusada de ter envenenado os moradores dos arredores de suas instalações, está no centro de um drama jurídico e político que já dura anos na Itália.

O seu futuro causa polêmica entre aqueles que acusam a indústria de poluir e envenenar seus vizinhos, o que o grupo Riva nega, e aqueles que querem preservar milhares de empregos e a importante produção de aço, que representa 40% da capacidade do país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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