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Inpa inaugura prédio para armazenar material radioativo na Amazônia

22 abr 2014 - 17h17
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O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) inaugurou nesta terça-feira em Manaus, Amazonas, o primeiro prédio da região Norte para armazenamento de dejetos radioativos. Ficarão guardados materiais e equipamentos emissores de radiação produzidos e utilizados na atividade de pesquisa dos seus laboratórios.

Segundo o Inpa, o espaço garantirá o confinamento seguro desse tipo de material pelo tempo necessário para proteção do meio ambiente, além de ser uma ferramenta importante à disposição dos pesquisadores. Na prática, dejetos radioativos são materiais produzidos em hospitais, usinas nucleares e centros de pesquisas. Pelas suas características, não podem ser descartados como lixo comum, mas, às vezes, são reciclados.

A construção do prédio custou R$ 444,1 mil e obedece à legislação e normas nacionais e internacionais, como as da própria Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). De acordo com o Inpa, a estrutura tem uma arquitetura própria, com as paredes em uma espessura específica, cantos arredondados, piso com base diferenciada para não permitir infiltrações e pintura com tintas especiais.

O Inpa, por meio de nota, anunciou que futuramente os laboratórios passarão a ser denominados de Instalações Radiativas licenciadas pela Cnen. Eles vão contar também a ser geradores de dejetos radioativos, que serão embalados adequadamente, conforme o tipo de emissão de cada partícula radioativa, devidamente identificados e encaminhados ao Prédio de Armazenamento para Materiais Radioativos.

Apesar da inauguração, a estrutura somente entrará em funcionamento integral no segundo semestre deste ano. Isso porque ainda estão em licitação a aquisição de alguns equipamentos. Quando os dejetos armazenados no local chegarem a um determinado nível de ocupação, serão encaminhados a um depósito autorizado pela Cnen. No Brasil, existem depósitos autorizados em Recife, São Paulo e no Rio de Janeiro.

Agência Brasil Agência Brasil
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