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Ásia

EUA e China anunciam acordo para redução de CO2

Medida é considerada histórica por especialistas

12 nov 2014 - 09h54
(atualizado às 09h55)
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China e Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um acordo histórico para a redução da emissão de gases do efeito estufa
China e Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um acordo histórico para a redução da emissão de gases do efeito estufa
Foto: Greg Baker/Pool / Reuters

China e Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um acordo histórico para a redução da emissão de gases do efeito estufa. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa com o presidente chinês, Xi Jinping, e seu homólogo norte-americano, Barack Obama.

Após meses de negociação, os líderes dos dois países que mais poluem no mundo decidiram criar novas metas para a redução das emissões. Pequim irá começar a reduzir o CO2 jogado na atmosfera, no máximo, a partir de 2030 e a ideia é que o país gere 20% de sua energia de fontes renováveis.

Já Washington prometeu cortar em até 28% suas emissões até 2025.

Esse número é duas vezes maior do que as previsões feitas para o período de 2005 a 2020. EUA e China juntos jogam 45% dos gases tóxicas na atmosfera. Xi Jinping disse estar "satisfeito" com a negociação e afirmou que as duas nações trabalharão juntas na luta contra as mudanças climáticas. Se na questão climática, os dois líderes conseguiram fechar um acordo, no campo diplomático as diferenças ainda são muito visíveis.

Respondendo às perguntas dos jornalistas, Xi Jinping tentou explicar o porquê de alguns repórteres norte-americanos não poderem entrar no país. O mandatário utilizou uma frase para explicar a negação dos vistos, afirmando que "quando um carro quebra, você precisa parar e ver qual é o problema".

Em outras palavras, ele quis dizer que esses jornalistas seriam "causadores de problemas" e por terem feito algo que o governo de Pequim considera errado, eles não puderam entrar no país.

Obama destacou que falou "com clareza" para o presidente chinês que os direitos humanos devem ser respeitados. A resposta padrão do político chinês foi que o país "deu grandes passos à frente" no terreno dos direitos humanos, evitando entrar em temas polêmicos como a prisão do vencedor do Nobel da Paz, Liu Xiaobo, que está preso há 11 anos na China.

 Sobre a questão de Hong Kong, que luta por mais liberdade política, o norte-americano disse que "ao contrário do que divulgou a mídia chinesa", os EUA "não tiveram participação" nas manifestações. Porém, Xi Jinping voltou a classificar os protestos de "ilegais" e disse que o governo está apoiando o governo local.

Fonte: ANSA
Fonte: Terra
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