PUBLICIDADE

EUA anunciarão plano para cortar emissões de carbono em 32% até 2030

2 ago 2015 - 13h38
Compartilhar
Exibir comentários

O governo dos Estados Unidos anunciará na segunda-feira um plano para reduzir em 32% as emissões de carbono das usinas termoeléctricas até 2030 em relação aos níveis de 2005, segundo anteciparam neste domindo os principais jornais do país.

A medida é a versão definitiva de uma ordem executiva conhecida como "Plano de Energia Limpa" que o governo americano antecipou há um ano e que, após um período de críticas e mudanças, é ainda mais ambiciosa, de acordo com os detalhes obtidos pelos jornais "Washington Post" e "Wall Street Journal".

A norma apresentada pela Agência de Proteção Meio Ambiental (EPA, sigla em inglês) traçava como objetivo a redução das emissões em 30% para 2030, e sua versão definitiva aumenta essa meta até 32%.

"A mudança climática não é um problema para outra geração. Por isso, na segunda-feira, minha Administração apresentará a versão final do 'Plano de Energia Limpa' dos EUA, o maior e mais importante passo que nunca tomamos para combater a mudança climática", disse o presidente americano, Barack Obama, em vídeo divulgado hoje pela Casa Branca em sua página oficial no Facebook.

Obama ressaltou durante o vídeo que se nega a "condenar filhos e netos a um planeta que já não pode mais ser salvo".

O plano, considerado a peça-chave da agenda de Obama contra a mudança climática, enfrentará com toda certeza uma notável resistência da oposição republicana, da indústria do carvão e dos estados mais dependentes dessa fonte de energia.

Cada estado deverá elaborar planos para reduzir suas emissões com base em metas personalizadas que serão definidas pela EPA, e terão dois anos a mais que o previsto para começarem a avançar em direção às metas, de acordo com o "Washington Post".

A medida complementa o objetivo geral com o qual os Estados Unidos se comprometeram perante a ONU visando a conferência global sobre a mudança climática, que será realizada em dezembro em Paris.

Essa meta, formalizada em março, consiste em que os EUA reduzam para 2025 suas emissões de efeito estufa - no total, não só as procedentes de usinas termoeléctricas - entre 26% e 28 % em relação aos níveis de 2005.

A cúpula de Paris pretende fechar um acordo global que evite que o aquecimento global ultrapasse os dois graus centígrados a respeito dos valores pré-industriais, e os EUA buscam com suas medidas se tornar uma referência para outros países industrializados e emergentes.

Além de combater a mudança climática, a Administração de Obama argumenta que sua nova medida para reduzir a dependência do carvão repercutirá em faturas elétricas mais baixas para os consumidores em 2030 e em melhoras na saúde pública.

No entanto, quando foi publicada a regra preliminar no ano passado, tanto a oposição republicana como a Câmara de Comércio americano argumentaram que a norma destruiria postos de trabalho e custaria bilhões de dólares à economia.

Pré-candidata favorita para a indicação democrata às eleições presidenciais de 2016, Hillary Clinton expressou neste domingo seu apoio ao plano de Obama, o que definiu como "um significativo passo à frente para enfrentar a ameaça urgente da mudança climática".

"É um bom plano e, quando eu for presidente, o defenderei", disse Hillary em comunicado. Segundo ela, os candidatos republicanos à Casa Branca "não oferecerão uma solução crível".

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade