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Especialistas defendem investimentos em fontes alternativas de energia

Pesquisador manifestou preocupação com uso eficiente da energia no Brasil

16 abr 2013 - 08h18
(atualizado às 08h19)
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Especialistas ouvidos pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado na segunda-feira defenderam maiores investimentos em fontes alternativas de energia. Segundo eles, fontes como a energia eólica ou solar podem representar fatores de desenvolvimento para o País. O presidente da Comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL), lembrou também que a falta de profissionais no setor é um obstáculo.

"Um dos principais nós para que o Brasil possa se desenvolver a taxas compatíveis com o que a sociedade deseja, merece, precisa é a falta de mão de obra especializada, e em todas as áreas, não somente na formação de doutores, mas também de técnicos os mais diversos, e tudo isso remete quase sempre à educação, educação de base", alertou.

O pesquisador em energia e consultor da Organização das Nações Unidas (ONU), Luiz Horta Nogueira, manifestou preocupação com a possibilidade de priorização do desenvolvimento de certas fontes na matriz energética brasileira — como, por exemplo, a solar e a eólica — sem o acompanhamento da devida autossuficiência na produção de equipamentos e elaboração de projetos.

"Preocupa-me muito a expansão de fontes muito inovadoras que se baseie na importação de produtos, projetos e tecnologias", disse Nogueira.

Ele chamou a atenção também para a necessidade de diminuição do desperdício de energia. Sem isso, afirmou, o Brasil não atingirá padrões adequados de desenvolvimento. "Importante dizer que o uso de energia eficiente não deve ser colocado como atitude de sovinice ou de coerção. Nós vamos fazer isso porque isso é inteligente, é isso que se está fazendo no mundo", disse.

Ricardo Ruther, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) destacou o enorme potencial de desenvolvimento da energia solar no País. Segundo ele, a instalação de painéis solares na mesma área do lago de Itaipu permitiria uma geração de energia elétrica pelo menos duas vezes maior que a energia produzida atualmente pela usina.

Rutherr apontou como importante gargalo para a ampliação do uso da energia solar no Brasil a inexistência de um amplo sistema de financiamento para os consumidores finais dos equipamentos de geração. Segundo ele, o custo de instalação de um sistema fotovoltaico em residências individuais já se tornou economicamente interessante no Brasil, tendo-se em vista o valor atual das tarifas de energia elétrica.

Do mesmo modo, o diretor de Eólica do Centro de Energias Renováveis (CER), Alexandre Costa, citou diversas vantagens do emprego de parques eólicos na geração de energia elétrica.

Em sua avaliação, o sistema, além de ter preços relativamente baixos de instalação quando comparados a outras fontes, diminui consideravelmente as possibilidades de falhas na geração pelas características de fragmentação das unidades eólicas de geração.

Já o coordenador-geral de Tecnologias Setoriais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Soriano Louzada, apresentou um relato das diversas ações da pasta no setor de energias renováveis.

Fonte: Agência Senado
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