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Empresas suecas exportaram salmão com alto teor de dioxina

8 mai 2013 - 16h52
(atualizado às 20h36)
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Empresas suecas exportaram ilegalmente salmão contaminado do Mar Báltico a outros países europeus, revelaram meios de comunicação do país escandinavo nesta quarta-feira.

A União Europeia (UE) proíbe desde 2002 a exportação de salmão sueco do Báltico devido ao alto nível de dioxina, uma substância que pode causar câncer e provocar danos no sistema reprodutor.

Mas duas companhias foram denunciadas por ignorar esta proibição, colocando centenas de toneladas na França e na Dinamarca, de onde foram novamente exportadas para outros países europeus, segundo os informes.

Uma companhia francesa, a Pêcheries Nordiques, confirmou à AFP ter importado 103 toneladas deste salmão em 2011 e 2012, antes de perceber o problema.

"Ninguém pode dizer que (a importação) seja algo ilegal. As análises nos permitiram detectar o problema", alegou François Agussol, diretor-geral da companhia.

O produto pode ser comercializado em Suécia, Finlândia e Letônia, onde os moradores são sensibilizados aos problemas de contaminação do mar e sabem que devem limitar seu consumo.

O governo sueco desaconselha ainda que mulheres grávidas e crianças comam este tipo de salmão mais de três vezes ao ano.

O caso é mais grave do que as fraudes recentemente descobertas na Europa de introdução de carne de cavalo em produtos congelados.

"Em comparação com o escândalo da carne de cavalo, este peixe tem sérios efeitos a longo prazo na saúde", afirmou Pontus Elvingsson, inspetor da Agência Sueca de Alimentos, citado pela emissora SVT.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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