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Ecopetrol denuncia que grupo armado a impede de conter vazamento na Colômbia

26 jun 2015 - 02h20
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O presidente da petrolífera estatal colombiana Ecopetrol, Juan Carlos Echeverry, denunciou nesta quinta-feira que um grupo armado impediu que a empresa procedesse com os trabalhos técnicos para conter um vazamento de petróleo e evitar que o mesmo atinja o Oceano Pacífico, depois dos últimos atentados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) contra oleodutos no sudoeste do país.

"Infelizmente, algumas pessoas armadas não nos deixaram entrar para intervir em um afluente do rio Mira, quando este se abre para chegar ao Pacífico. Por esse afluente, já está chegando uma linha de óleo, de petróleo. É uma linha magra, por enquanto, mas já há óleo no Oceano Pacífico", disse Echeverry aos jornalistas.

Segundo a Ecopetrol, já são 34 ataques contra oleodutos no decorrer deste ano, o mais grave deles contra o oleoduto Transandino, já que parte dos 410 mil galões (1,5 milhão de litros) de petróleo que vazaram foram a parar no rio Mira, no departamento de Nariño, que faz fronteira com o Equador, e começaram a chegar ao mar.

No entanto, Echeverry assinalou que a polícia foi enviada ao local e afastou os desconhecidos, por isso os trabalhos para diminuir o impacto ambiental foram retomados.

Além disso, o presidente da Ecopetrol disse que pedirá ajuda ao Equador para remover o óleo do Oceano Pacífico.

Por outro lado, o Executivo colombiano informou hoje que o presidente do país, Juan Manuel Santos, visitará Tumaco, em Nariño, amanhã para avaliar as medidas adotadas no aspecto ambiental e em matéria de fornecimento de água e eletricidade, por causa dos recentes atentados dos guerrilheiros.

Tumaco, o segundo maior porto da Colômbia no Pacífico, foi afetado pelas ações das Farc que dinamitaram torres de energia e também porque o aqueduto que abastece a cidade está contaminado com petróleo, o que hoje deixou seus 150 mil habitantes sem esse serviço.

Junto com autoridades regionais e locais, Santos avaliará as ações empreendidas pelo governo nesta parte do país em áreas como pesca, educação, saúde, inclusão social e comércio.

O chefe de estado estará acompanhado de vários ministros, entre eles os de Defesa, Minas e Energia, Habitação, Agricultura, Trabalho, Comércio e Educação.

As Farc intensificaram seus ataques contra o Exército, a polícia e as infraestruturas petrolíferas do país há um mês, depois que a suspenderam o cessar-fogo unilateral iniciado no dia 20 de dezembro no contexto dos diálogos de paz com o governo, que acontecem em Cuba.

EFE   
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