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Defensores dos oceanos unem o surfe à sustentabilidade

25 jul 2014 - 08h00
(atualizado às 16h24)
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Surfistas e voluntários promovem a limpeza de uma das praias na cidade de Itanhaém, em São Paulo. Há 14 anos, a Ecosurf visa à preservação das praias, mares e oceanos aliada a prática sustentável do surfe
Surfistas e voluntários promovem a limpeza de uma das praias na cidade de Itanhaém, em São Paulo. Há 14 anos, a Ecosurf visa à preservação das praias, mares e oceanos aliada a prática sustentável do surfe
Foto: @ecosurfoficial/Facebook / Reprodução

Tudo começou com a tentativa de diminuir as agressões que as praias do litoral paulista vinham sofrendo. O combate veio na sequência, por meio de mutirões para a despoluição dos ecossistemas costeiros e da sensibilização ambiental. Por tudo isso, os criadores e apoiadores da Ecosurf, todos eles surfistas de Itanhaém, litoral sul de São Paulo, ganharam o apelido de “Defensores dos Oceanos”.

A Ecosurf é uma organização social brasileira independente, sem fins lucrativos, fundada e idealizada por surfistas e declarada de utilidade pública municipal, em 2000. Trabalha para atrair a atenção dos surfistas para as causas públicas e mostrar que estes podem ser atores políticos capazes de protagonizar diversas mudanças sociais em educação, meio ambiente e gestão pública.

“Falar de surfe é falar de sustentabilidade. Os dois são praticamente sinônimos. A cultura do surfe depende do equilíbrio ambiental de diversos ambientes naturais. Sendo assim, os surfistas devem assumir a responsabilidade no cuidado e preservação de territórios propícios à prática do esporte”, diz João Malavolta, 34 anos, jornalista e surfista, um dos criadores da Ecosurf, ao lado de André Coimbra, 33 anos, outro apaixonado pelo esporte.

“Itanhaém recebe, na alta temporada, feriados e finais de semana, um grande número de turistas, visitantes e veranistas. Com isso, aumenta o número de pessoas na cidade e consequentemente a geração de lixo. As praias ficavam imundas e os órgãos públicos sempre se omitiram a reagir a esse problema. Daí pensamos em nós, enquanto comunidade do surfe, em como cuidar do nosso quintal: a praia.”

As ações da organização são orientadas pela Carta das Responsabilidades dos Surfistas – Surf 21 e são divididas em frentes diversas, como Ativismo, que envolve estratégias de engajamento público; Mobilização; Educação e Conservação, que vem por meio de ações e projetos com o objetivo de proteger os ambientes marinhos para a prática do surfe.

A Ecosurf realiza ainda eventos socioambientais, como o mutirão de limpeza das praias e fóruns para identificar os principais problemas e propor meios de fortalecer a atuação dos surfistas na conservação das praias. Ao longo da sua trajetória, fez parcerias de sucesso, como com o cantor Jack Johnson e com as ONG’s Greenpeace e SOS Mata Atlântica.

O grande desafio dos Defensores dos Oceanos, agora, reside na criação de uma política nacional que estabeleça áreas protegidas para a prática do surfe de forma sustentável e estender esta mesma proteção à Mata Atlântica.

Fonte: Dialoog Comunicação
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