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Decolagem de Solar Impulse é cancelada no Japão por mau tempo

23 jun 2015 - 18h12
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A equipe do projeto Solar Impulse 2 cancelou a decolagem do avião solar, programada para a madrugada desta quarta-feira no Japão, em razão do mau tempo em Nagoya.

O avião Solar Impulse 2, preso no aeroporto de Nagoya (centro) desde 2 de junho, deveria decolar nesta quarta-feira às 02H30 locais (17H30 GMT de terça-feira - 14h30 de Brasília), rumo ao Havaí, mas o tempo mudou, obrigando o cancelamento do voo após 90 minutos de hesitação.

Esta etapa, a travessia do Oceano Pacífico, é uma das mais perigosas e deve durar pelo menos cinco dias e cinco noites de voo contínuo.

"O corredor que queríamos pegar está fechado", indicou o piloto Bertrand Piccard, que alterna com André Borschberg no comando do avião.

"Estamos tentando encontrar uma maneira (de decolar), mas é razoável não exceder certos limites", disse Borschberg após o cancelamento. "O clima está muito instável acima do Pacífico", acrescentou.

"É extremamente difícil prever a meteorologia em um horizonte de 5 dias", ressaltou um outro membro da equipe.

"Estamos muito desapontados e queremos nos desculpar com todos aqueles que acompanham o projeto", declarou ainda Bertrand Piccard.

A fragilidade da aeronave impossibilita a decolagem a qualquer hora do dia ou da noite.

"O sol está nascendo e há muito vento e muito calor. É tarde demais para decolar, o avião poderá ser danificado se não fogar guardado em seu hangar móvel", afirmou ainda Piccard.

Os organizadores planejam continuar a acompanhar a meteorologia e fazer previsão na perspectiva de deixar o Japão o mais rapidamente possível, mas o piloto para este voo, André Borschberg, de 62 anos, disse na semana passada que estava pronto para esperar dois meses, se necessário.

O Solar Impulse, que sofreu avarias devido ao mau tempo e precisou fazer uma escala imprevista no Japão, já está consertado e pronto para decolar, mas desde 2 de junho está bloqueado em Nagoya devido às chuvas no país.

A aeronave decolou de Nankín (leste da China) em direção ao Havaí, mas precisou desistir de continuar seu voo devido às nuvens. Desde então, o céu seguiu coberto e impediu a decolagem.

"Temos que voar através de uma frente de nuvens que vai mais ou menos de Taiwan ao Alasca. A única maneira de conseguir isso com nosso avião é localizar um lugar onde esta frente seja muito menos densa", explicou à AFP na semana passada André Borschberg.

Segundo o piloto, as previsões meteorológicas "não são confiáveis a cinco ou seis dias". "Por isso que complicam muito o voo. Não podemos nos arriscar muito", acrescentou.

O Solar Impulse 2, um avião cujas asas são cobertas por placas solares, já esteve bloqueado por um mês na China devido ao mau tempo.

A aeronave partiu no dia 9 de março de Abu Dhabi com o objetivo de dar a volta ao mundo percorrendo 35.000 quilômetros, um desafio tanto tecnológico quanto aeronáutico.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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