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Contra EUA, documento da Rio+20 pede proteção do mar

19 jun 2012 - 14h25
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O rascunho final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, aprovado nesta terça-feira, destaca a importância do uso sustentável da biodiversidade marinha, mesmo além das áreas de jurisdição nacional. Há o compromisso de se trabalhar, em caráter de urgência, nessa questão, e a intenção de se desenvolver um instrumento internacional para lidar com o assunto, sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

O prefeito de Nova York e presidente do C40 Michael Bloomberg lembrou, durante seu discurso do Rio+C40, nesta terça-feira, 19, que prefeitos das grande metrópoles mundiais precisam tomar medidas sobre as mudanças climáticas que as cidades tem sofrido.  O Rio+C40 é um evento que acontece paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, ou Rio +20, no Rio de Janeiro
O prefeito de Nova York e presidente do C40 Michael Bloomberg lembrou, durante seu discurso do Rio+C40, nesta terça-feira, 19, que prefeitos das grande metrópoles mundiais precisam tomar medidas sobre as mudanças climáticas que as cidades tem sofrido. O Rio+C40 é um evento que acontece paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, ou Rio +20, no Rio de Janeiro
Foto: Terra / AP

Confira a programação com os principais eventos

Veja onde estão ocorrendo os eventos da Rio+20

Esse item é considerado um avanço, de acordo com os negociadores, pois os Estados Unidos insistiam na exclusão de quaisquer medidas de regulação referentes ao alto-mar. Há um temor dos americanos em relação a eventuais ameaças à segurança interna, pois dispõem de submarinos localizados em regiões estratégicas em águas oceânicas.

O texto pede ainda que todos os países implementem, de forma completa, as obrigações previstas pela Convenção do Direito do Mar. O documento reconhece a importância dos oceanos e mares para o desenvolvimento sustentável, já que tem efeitos na erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico e segurança alimentar.

Há também o compromisso de proteger e restaurar a "saúde" dos oceanos, preservar sua biodiversidade para as gerações atuais e futuras e reduzir a incidência da poluição nos oceanos e seu impacto na vida marinha. Segundo o documento, é importante fazer um uso sustentável da biodiversidade marinha, mesmo além das áreas de jurisdição nacional.

O texto também refaz o compromisso de eliminar a pesca ilegal e desregulada, já que ela retira de muitos países um recurso natural crucial, e reconhece a importância econômica e social dos recifes de coral e dos manguezais.

Sobre a Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento se prepara para ingressar na etapa definitiva. De quarta até sexta, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Rio+20 com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

vc repórter

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Fonte: Terra
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