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Cinema: longa quer criar geração de empreendedores sociais

13 abr 2012 - 13h24
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Sabrina Bevilacqua
Direto de São Paulo

O documentário nacional Quem se importa se utiliza de depoimentos de criadores de alguns dos maiores projetos sociais do mundo para inspirar o público a agir de forma transformadora. Com narração de Rodrigo Santoro, o longa, que está sendo lançado em São Paulo e estreia no Rio de Janeiro no dia 20, apresenta histórias de 18 pessoas que, com simples ideias, conseguiram provocar mudanças globais. São os chamados empreendedores sociais.

Depois de filmar Doutores da Alegria - O Filme, a diretora Mara Mourão traz a discussão do que é e qual o papel dos novos agentes trasnformadores na sociedade atual. "A minha geração tinha um inimigo claro: a ditadura. Agora não há mais isso, parece que não há utopias. De uns tempos para cá, as novas gerações têm começado a abraçar a causa ambiental e isso pode ser ampliado", afirma.

Filmado no Brasil, Peru, Estados Unidos, Canadá, Tanzânia, Suiça e Alemanha, Quem se importa mostra exemplos de pessoas que, partindo de questionamentos, desconforto ou indignação, decidiram agir para tentar mudar as condições precárias de várias comunidades pelo mundo. Geralmente iniciativas simples de serem executadas, de baixo custo e, por vezes, despretensiosas, essas ações acabaram se mostrando inovadoras e de grande impacto social e ambiental.

Segundo a diretora, a ideia foi reunir exemplos de ações em diversas áreas. Desde um brasileiro que há 30 anos era o único médico a atender 800 comunidades rurais da Amazônia e hoje tem um barco-hospital que chega às áreas mais remotas da floresta, até um monge budista belga que treina ratos na Tanzânia para detectar minas terrestres e tuberculose. Também estão no filme um nigeriano que, notando a falta de banheiros limpos e públicos, montou uma rede de toaletes públicos, e uma norte-americana, radicada em Genebra, que luta para extinguir a tortura e as prisões injustas pelo mundo.

Mara diz que o objetivo maior do longa não é atingir recordes de bilheteria, sua ambição é "plantar a semente da transformação nas pessoas, principalmente nos jovens do Brasil e do mundo". Não é apenas apontar o problema, mas mostrar que a solução também está nas pessoas. "Todos devemos acreditar que podemos mudar o mundo. Antes do filme achava isso meio piegas, mas vi que é real."

Como ela mesma gosta dizer, Quem se importa não é um filme, é um movimento. Por isso, diz querer 'espalhá-lo' por escolas de todo o Brasil. Se possível, pelo mundo. Mara já apresentou a obra em algumas escolas do País e até em Harvard, a convite da própria universidade. Em ambos os casos, ela diz que a resposta foi positiva. Pelo site oficial é possível não só agendar sessões especiais para escolas como fazer o download de dicas e guia sobre como trabalhar o filme com os alunos, em sala de aula.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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