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Califórnia tenta conter vazamento de petróleo

20 mai 2015 - 22h45
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As autoridades da Califórnia, oeste dos Estados Unidos, mantinham nesta quarta-feira os esforços para conter um vazamento de petróleo após o rompimento de um oleoduto, que acabou liberando milhares de litros de combustível nas águas do oceano Pacífico.

A porta-voz da Guarda Costeira dos Estados Unidos Jennifer Williams informou que a mancha negra, detectada na terça-feira, já afeta 14 quilômetros da costa de Santa Bárbara, uma localidade situada a noroeste de Los Angeles.

Pelo menos 400.000 litros de petróleo vazaram, e 80.000 litros foram parar no mar, informaram veículos de comunicação locais, embora as autoridades tenham assegurado que ainda estão avaliando as proporções do acidente.

As praias de Santa Bárbara estavam se preparando para receber milhares de turistas no próximo fim de semana por causa do feriado de segunda-feira nos Estados Unidos.

Em Refugio Beach, uma das mais concorridas, as autoridades esvaziaram um camping, e centenas de pessoas se esforçavam por limpá-la com ancinhos e outros utensílios.

O vazamento veio de um oleoduto da empresa Plains All America Pipeline, que explicou que o petróleo chegou ao mar por uma tubulação, que foi bloqueada.

"Não está mais chegando petróleo ao oceano", declarou a empresa, uma informação não corroborada pelas autoridades.

"Lamentamos muito o ocorrido e estamos trabalhando para que o impacto ambiental seja o menor possível", acrescentou.

Inaugurado em 1987 e com um diâmetro de 60 centímetros, o oleoduto transfere o petróleo extraído dos poços da região para o sul da Califórnia, onde é armazenado. A capacidade é de 190.000 litros por hora.

Vários grupos de defesa do meio ambiente alertaram contra os efeitos do vazamento e denunciaram o ocorrido como consequência de uma série de erros.

"Há várias perguntas sem resposta, principalmente, por que este oleoduto, relativamente novo, não tinha um sistema de fechamento automático e por que as primeiras medidas para conter a fuga não foram mais eficazes", criticou o diretor da organização Environmental Defense Center (EDC), Owen Bailey.

"Essa área abriga uma fauna muito diversa, incluindo várias espécies de baleias que estão em perigo, além do fato de essa costa emblemática atrair milhares de pessoas de todo o mundo", completou.

A diretora da organização Sierra Club, Kathryn Phillips, disse que "já é hora de a indústria petroleira fazer mais".

As autoridades afirmaram que estão se concentrando em "proteger a segurança das pessoas que estão trabalhando no terreno e dos cidadãos", enquanto tentam minimizar o impacto ambiental e conter a mancha.

Santa Bárbara viveu em 1969 um dos piores vazamentos de petróleo da história do país, quando uma plataforma se incendiou e milhões de litros de óleo bruto foram parar no mar.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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