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Brasil já polui como país rico; frota de veículos explica resultado

Um dos autores de estudo da ONU criticou que muitas famílias "três carros como símbolo de progresso"

8 out 2013 - 17h11
(atualizado às 19h24)
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<p>O aumento da frota de veículos no Brasil é um dos principais fatores para a poluição, segundo pesquisador da ONU</p>
O aumento da frota de veículos no Brasil é um dos principais fatores para a poluição, segundo pesquisador da ONU
Foto: Luiz Claudio Barbosa / Futura Press

O Brasil já polui na mesma proporção dos países desenvolvidos, explicou nesta terça-feira um dos autores do Quinto Relatório de Avaliação do Grupo Intergovernamental de Analistas sobre a Mudança Climática das Nações Unidas (IPCC), José Marengo, que lamentou que a "agenda ambiental esteja em segundo plano".

Em entrevista coletiva no centro de informação das Nações Unidas no Rio de Janediro, Marengo, que comentou o relatório, afirmou que há "famílias que têm três carros como símbolo de progresso".

No Brasil, a maior causa da emissão de dióxido de carbono (CO2) é a queima de combustível, que é explicada principalmente pelo aumento muito significativo da frota de veículos nos últimos anos.

Marengo reivindicou a necessidade de uma "mudança no modo de vida dos países desenvolvidos", embora tenha reconhecido a dificuldade que Índia, China ou mesmo o Brasil têm em compreender isso, já que "entenderiam como uma estratégia dos Estados Unidos e Europa para frear o progresso".

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O especialista em ecologia se mostrou "pouco otimista" a conseguir que os Estados se comprometam em matéria ambiental na 19ª Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudança Climática (COP19), que será realizada em Varsóvia em novembro.

Nesse sentido, Marengo lamentou as dificuldades para chegar a acordos sobre o meio ambiente em um contexto de crise econômica generalizada, já que é dada "menos importância à agenda ambiental".

O último relatório do IPCC recolhe, entre outros dados também preocupantes, que nas últimas três décadas foram registradas as temperaturas mais altas desde 1850, e destaca a responsabilidade do ser humano nas mudanças climáticas.

EFE   
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