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Bangladesh tem 4 vezes menos tigres do que o esperado em sua reserva

27 jul 2015 - 11h11
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Bangladesh tem pouco mais de 100 tigre-de-bengala no mangue de Sundarbans, a sua principal reserva, o que significa quatro vezes menos do que a estimativa feita pelas autoridades há uma década, conforme dados preliminares de um levantamento que a Agência Efe teve acesso nesta segunda-feira.

Câmaras colocadas em árvores nos 6 mil km2 de Sundarbans registraram entre março de 2013 e abril de 2015 de 83 a 130 felinos, o que dá uma média de 106 tigres. O resultado do estudo realizado pelo Departamento Florestal foi recebido com decepção em Bangladesh, pois o censo oficial anterior, feito em 2004 a partir de pegadas, tinha estimado uma população de 440 tigres no mangue.

"A população em nível mundial diminui, mas isto é alarmante. Trata-se do nosso animal nacional. Temos que proteger os tigres", disse à Agência Efe Tapan Kumar Dey, chefe de conservação de Wildlife Protection e responsável pelo estudo.

Apesar dos indícios, segundo os especialistas, o novo censo não permite concluir se houve queda no número de tigres no país devido à mudança de metodologia.

"Este estudo é muito mais preciso e o resultado é preocupante porque mostra que a população é menor do que o esperado. Temos questões sérias: há três anos foi aberta uma nova rota de navegação e os caçadores matam cinco tigres por ano. O governo estabeleceu um plano de ação nacional para proteger o tigre. Queremos ver a implantação agora", argumentou Monirul Khan, professor de Zoologia na Universidade de Jahangirnagar.

Sundarbans, considerado o maior mangue do mundo, é uma floresta que Bangladesh compartilha com a Índia. A região é muito vulnerável aos efeitos da mudança climática, como o aumento da salinidade pela alta do nível do mar. De acordo com o Plano de Ação Nacional do Tigre, em 1930 havia tigres em 11 das 17 divisões territoriais que hoje constituem o território de Bangladesh.

EFE   
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