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Ban Ki-moon classifica Rio+20 como evento que vai mudar o mundo

20 jun 2012 - 10h35
(atualizado às 15h18)
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Angela Chagas
Direto do Rio de Janeiro

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu oficialmente a reunião dos chefes de Estado e de governo na Rio 20
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu oficialmente a reunião dos chefes de Estado e de governo na Rio 20
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu oficialmente a reunião dos chefes de Estado e de governo na Rio+20 na manhã desta quarta-feira. Ao eleger Dilma Rousseff como presidente da conferência, ele destacou a necessidade de avanços 20 anos após a realização da Eco92, em 1992. "É um prazer estar no Brasil mais uma vez em um evento que vai mudar o mundo 20 anos depois da Eco92. Nesse período o progresso foi muito lento, por isso precisamos do empenho de todos".

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Veja onde estão ocorrendo os eventos da Rio+20

Ele ainda parabenizou o Brasil por liderar o processo de definição do documento final da conferência. "Estamos diante de um acordo histórico, vamos aproveitar isso. A Rio+20 não é o fim, mas o começo. Precisamos pensar globalmente e estamos lutando contra o relógio", afirmou ao passar à palavra para Dilma.

Em um pronunciamento rápido, Dilma destacou a importância da reunião. "Não tenho dúvida de que estaremos a altura do desafio global que nos apresenta", afirmou ao agradecer o apoio das nações ao trabalho feito pelo Brasil para finalizar o documento da Rio+20, com todas as propostas de desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

Além de Dilma, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, assumiu a vice-presidência da conferência e presidência da primeira plenária. "Estamos diante de um novo caminho que a comunidade internacional escolheu, talvez o único caminho que dispomos se quisermos um mundo de crescimento econômico, social e ambiental. Legatários da herança de 1992, os líderes se reúnem hoje para reafirmar esse compromisso", disse ao destacar que o Rio de Janeiro recebe todos com "enorme alegria e com os olhos no futuro".

A segurança foi reforçada no Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, para receber os chefes de Estado e de governo de pelo menos 109 países. Na entrada do pavilhão 5, onde teve início a plenária, foi montada uma estrutura de revista aos jornalistas e autoridades credenciadas para acompanhar o ato.

Na parte da tarde terá outra plenária, com discursos dos chefes de países e uma pausa para a foto oficial do encontro. Entre as autoridades programadas para falar ainda hoje está o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

A apreciação do documento final da Rio+20 pelos chefes de Estado deve ser feita somente no último dia do encontro, no domingo. Na manhã desta quarta, um grupo de ONGs fazia um protesto silencioso para pressionar as autoridades para mudar o texto, que consideraram fraco.

"Estamos dando um sinal vermelho a essa proposta. Estão há mais de dois anos discutindo isso e apresentaram um documento que não representa a ambição da população, que não estipula metas e prazos", disse Leonardo Rocha, da Aliança do Norte para a Sustentabilidade.

Sobre a Rio+20

Vinte anos após a Eco92, o Rio de Janeiro volta a receber governantes e sociedade civil de diversos países para discutir planos e ações para o futuro do planeta. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre até o dia 22 de junho na cidade, deverá contribuir para a definição de uma agenda comum sobre o meio ambiente nas próximas décadas, com foco principal na economia verde e na erradicação da pobreza.

Depois do período em que representantes de mais de 100 países discutiram detalhes do documento final da Conferência, o evento se prepara para ingressar na etapa definitiva. De hoje até sexta, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Rio+20 com a presença de diversos chefes de Estado e de governo de países-membros das Nações Unidas.

Apesar dos esforços do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, vários líderes mundiais não estarão presentes, como o presidente americano Barack Obama, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro ministro britânico David Cameron. Além disso, houve impasse em relação ao texto do documento definitivo. Ainda assim, o governo brasileiro aposta em uma agenda fortalecida após o encontro.

Fonte: Terra
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