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Austrália apaga as luzes e inicia Hora do Planeta

28 mar 2015 - 10h51
(atualizado às 10h51)
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A ponte de Sydney Harbour e Ópera começaram a Hora do Planeta neste sábado, sendo os primeiros monumentos a apagar as luzes como parte da campanha - num ano-chave para a luta contra a mudança climática.

Espera-se que milhões de pessoas em todo o mundo participam neste evento organizado anualmente pelo grupo Fundo Mundial para a Natureza (WWF), quando as luzes de centenas de monumentos famosos serão desligadas, incluindo a Torre Eiffel em Paris ou o Space Needle em Seattle.

Esta será a nona edição do evento, que tem como objetivo economizar não só eletricidade, mas também criar a consciência sobre a necessidade de fontes de energia sustentáveis , além de solicitar compromissos políticos para frear o aquecimento global.

Na Austrália, a Hora do Planeta deste ano centrou-se na agricultura, pelo medo de que um aumento na temperatura possa prejudicar a capacidade do país de produzir alimentos.

"Na Austrália, a agricultura é a indústria mais vulnerável aos impactos da mudança climática", disse a gerente nacional para a Austrália da Hora do Planeta, Anna Rose.

O aumento da temperatura, o aumento de pragas e ervas daninhas, mudanças nas épocas de semeadura e eventos climáticos extremos começaram a afetar os agricultores, explicou.

A Hora do Planeta ocorre às 20h30 locais e encoraja os cidadãos locais, comunidades, empresas e organizações a apagar as luzes durante uma hora para denunciar a situação do planeta.

O evento ocorre antes de uma importante reunião política em dezembro, em Paris, que tem como objetivo chegar a um acordo para reduzir as emissões de CO2 e dias antes do término do prazo para todas as partes apresentarem seus compromissos.

A Hora do Planeta, que começou como uma pequena demonstração simbólica em Sydney, em 2007, tornou-se um fenômeno global rapidamente.

"Mais de 170 países e territórios já confirmaram sua participação, mais de 1.200 lugares e 40 locais declarados patrimônio da Unesco", disse à AFP o organizador da Hora do Planeta, Sudhanshu Sarronwala.

Durante a Hora do Planeta, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Acrópole, em Atenas, o Castelo de Edimburgo, o Big Ben, em Londres, o centro histórico de Quito, a Times Square em Nova York e a ponte de Sydney apagarão as luzes.

O slogan deste ano é "use seu poder para mudar a mudança climática", que deu origem a inúmeras iniciativas em diferentes lugares, como uma festa de dança Zumba com trajes que brilham no escuro nas Filipinas, ou jantar à luz de velas em restaurantes de Londres e até uma pista de dança com o seu próprio gerador sob a Torre Eiffel.

De acordo com Mike Berners-Lee, um consultor privado especialista em energia, a Hora do Planeta é uma maneira muito eficaz de enviar uma mensagem e dizer que as pessoas "realmente se importam com o sucesso da reunião de Paris".

Estima-se que nove milhões de pessoas em 162 países participaram no ano passado da Hora do Planeta, segundo dados da WWF.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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