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Ártico deve perder camada de gelo até 2050, diz especialista

28 ago 2012 - 09h14
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O Oceano Ártico terá em 2050 somente água em estado líquido e já no fim desta década a camada de gelo pode ser reduzida a 1 milhão de quilômetros quadrados. A previsão é da pesquisadora do Centro Nacional de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês), Julienne Stroeve.

Segundo Julienne, a cobertura gelada diminui a cada ano. ¿No verão de 2007, condições anormais do tempo provocaram grande dano ao gelo. Mas neste, não registramos padrões climáticos prejudiciais e, ainda assim, a cobertura de gelo caiu para o menor nível conhecido.¿

Pesquisa do NSIDC mostra que a região apresenta a maior perda de gelo desde 1979, quando o Ártico passou a ser monitorado por satélite. A redução deve aumentar ainda mais, uma vez que os dias mais quentes do verão no Hemisfério Norte estão previstos para setembro.

De acordo com as imagens de satélite, a camada de gelo marinho na região se estende hoje por 4,1 milhões de quilômetros quadrados ¿ em 2007, o menor número registrado foi de 4,17 milhões de quilômetros quadrados ¿ o equivalente a 30% da superfície do oceano.

De acordo com especialistas, a redução da camada de gelo deve alterar o clima nos próximos meses no Hemisfério Norte, uma vez que o Ártico é um dos grandes reguladores climáticos do planeta.

Com a redução da extensão da camada de gelo, surgem novas rotas para o comércio por meio do uso de embarcações. Os novos caminhos permitem diminuir em 30% a distância marítima entre a Europa e o Oriente.

Agora, o NSIDC pretende refazer cálculos sobre a temperatura do oceano, uma vez que considera os trabalhos reunidos pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas de 2007 desatualizados. As áreas que melhor resistiram ao degelo estão no norte do Canadá e da Groenlândia. A maior perda de gelo ocorreu no nordeste do Ártico, entre Europa e Ásia.

Fonte: DiárioNet DiárioNet
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